4 incríveis avanços científicos e tecnológicos provocados por pandemias

Após as “tempestades” parecem realmente surgir as bonanças. Descubra como as pandemias têm vindo a inspirar o trabalho dos cientistas, médicos, políticos e artistas ao longo dos tempos.

Ao longo da história muitas foram as doenças devastadoras que marcaram tragicamente as mais diversas populações e civilizações. Pandemias e vírus que vitimaram e assustaram milhões de pessoas. Apesar de todas estas consequências negativas associadas a uma crise sanitária a verdade é que muitos destes “eventos” acabaram por ser importantes para o desenvolvimento das civilizações.

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Habitualmente a resposta a este tipo de pandemias acaba por forçar um mais rápido e focado desenvolvimento de tecnologias e tratamentos capazes de aumentarem a nossa segurança. Novas vacinas, melhores condições sanitárias, novos hábitos de higiene são tudo consequência deste tipo de situações de emergência que acabam por no longo-prazo mudar as nossas vidas para melhor.

Recentemente o portal History, recolheu um conjunto de exemplos que demonstram bem qual o impacto positivo que algumas das pandemias mais devastadoras da nossa história acabaram por ter.

 

  1. A Peste Negra origina melhores condições de vida para os mais pobres

A Peste Negra devastou o continente europeu no século XIV. No entanto para muitos dos sobreviventes a vida tornou-se melhor assim que a situação sanitária ficou controlada. A verdade é que devido à elevada taxa de mortalidade a Peste Negra deu origem a uma escassez de força de trabalho. Passaram a existir menos pessoas capazes de trabalhar. Como tal os trabalhadores foram capazes de negociar melhores condições, pois subitamente tornaram-se mais valioso.

De resto, nas áreas urbanas onde a Peste foi mais devastadora tornou-se claro para as autoridades a importância de assegurar melhores condições sanitárias e de higiene aos seus habitantes. Novas condições habitacionais e práticas de higiene ganharam espaço.

 

  1. A Gripe Espanhola deu origem a inovações no tratamento médico

A pandemia de 1918 vitimou entre 20 a 50 milhões de pessoas um pouco por todo o mundo. No entanto acabou por ser determinante para obrigar as sociedades modernas a repensar as leis de saúde pública.

Nos anos que se seguiram muitos foram os países que adotaram novos conceitos de medicina preventiva e centralizada. Na Europa, países como a Rússia, a França e Alemanha começaram a idealizar os primeiros serviços nacionais de saúde generalizados. Isto permitiu um maior acesso a cuidados de saúde, que por sua vez permitiram detetar e tratar com maior antecedência um conjunto de doenças graves. A vacinação tornou-se igualmente uma ferramenta essencial de medicina preventiva.

  1. Mudanças nas nossas casas e equipamentos de segurança

A ideia de distanciamento social não é certamente um fenómeno novo, tendo origem nas eras medievais. Em parte, a clássica máscara usada pelos médicos em forma de bico foi pensada para criar uma certa separação entre o médico e o paciente. Este “bico” encontrava-se ainda preenchido de ervas pensadas para funcionar como filtro do ar, diminuindo a possibilidade de propagação do vírus.

Este conceito de maior distanciamento social marcou também alguns projetos de construção habitacional. Após a pandemia de 1918 as autoridades reconheceram o perigo de ter centros urbanos densamente populosos. Nas décadas seguintes o presidente americano F.D Roosevelt viria a definir um conjunto de regras de segurança que teriam que ser cumpridas, tais como a existência de escadas de segurança exteriores, halls de entrada espaçosos e casas-de-banho separadas.

 

  1. As pandemias deram origem a fantásticas obras de arte

O sofrimento infligido por este tipo de crises sanitárias é invariavelmente “aproveitado” por artistas que procuram representar o mesmo mais tarde através de experiências artísticas, literárias ou musicais. Esta é uma temática forte e marcante de muitos artistas conhecidos. Giovanni Boccaccio por exemplo criou a sua conhecida obra “O Decamerão” (1351) durante a Peste Bubônica que afetou a cidade de Florença no séc. XIV.

A lista continua: o autor britânico e o escritor italiano Alessandro Manzoni criaram grande parte das suas novelas históricas, baseando-se nos eventos da pandemia do séc. XVII. Já após a Gripe Espanhola, autores como T. S Elliot, William Yeats ou Virgina Woolf criaram alguns dos seus melhores trabalhos.

 

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