5 atitudes que podem estar a afastar os seus filhos adultos

Quer estar mais próximo deles, mas eles parecem estar sempre ocupados? Perceba se está a cometer alguns destes erros.

Se perguntarmos a um qualquer pai ou mãe quais são as maiores preocupações que têm relativamente ao relacionamento com os seus filhos, é natural que eles indiquem algumas destas questões: Falta de tempo em conjunto, falta de uma comunicação mais frequente, sentirem que apenas são necessários quando os filhos precisam de algo, etc.

É certo que à medida que os filhos crescem, a relação com os pais torna-se por vezes mais difícil e complexa. A falta de tempo da maioria da sociedade, dificulta a gestão dos diversos compromissos, e acaba por determinar que todos temos menos tempo para estar juntos daqueles de quem mais gostamos.

De acordo com Joshua Coleman (psicólogo e autor de “When Parentes Hurt: Comassionate Strategies When You and Your Grown Child Don`t Get Along”) este progressivo afastamento entre pais e filhos é uma “epidemia silenciosa”, que é resultado de diversas alterações na sociedade ao longo dos último 50 anos, assim como de uma alteração nos estilos de educação das crianças.

Para além de tudo isto, é possível que esteja a assumir alguns comportamentos que de uma forma não deliberada podem estar a contribuir para este afastamento. O seu objetivo enquanto pai ou mãe deve ser procurar assegurar que estabelece com os seus filhos adultos a melhor relação possível. Felizmente é você que está em “controlo”, é você que enquanto figura parental tem a possibilidade de modificar e resolver alguns dos conflitos que possam existir.

Mas primeiro, estas são algumas das questões a que deve responder e que podem ser sinais de que o seu comportamento pode ser melhorado.

 

  1. Tenta telefonar, enviar sms ou email de uma forma demasiado excessiva?

Por vezes a tentativa de estar sempre em contacto pode não ser a melhor estratégia. É provável que acabe por ser demasiado para os seus filhos. Muitas vezes pode inclusive acabar por ligar em alturas do dia pouco convenientes, que dificultam uma comunicação saudável.

O que fazer: pergunte com clareza aos seus filhos quais são as horas em que será mais apropriado ligar-lhes ou enviar-lhes mensagens. Respeite as indicações deles.

  1. É demasiado intrometido?

Pode acontecer que os seus filhos não partilhem mais consigo porque sentem que você faz sempre demasiadas questões desnecessárias ou que dá imediatamente e prontamente conselhos que eles podem não querer ouvir.

O que fazer: se o seu filho partilhar consigo que está a considerar aceitar um novo emprego, não comece logo a perguntar tudo e mais alguma coisa. Não questione logo quais são os benefícios, as horas, responsabilidades, etc. Assim que ele estiver preparado, ele irá falar consigo. Evite dar demasiadas sugestões sobre o que ele deve (ou não) fazer.

  1. Tenta comparar o tempo que eles passam com amigos com o tempo que passam consigo?

É absolutamente natural que os seus filhos adultos tenham outros compromissos. O pouco tempo que provavelmente têm desejam passa-lo com os seus amigos ou parceiros amorosos. A culpa não é deles, não o fazem para o magoar, e como tal não os deverá fazer sentir culpados.

O que fazer: tente planear com antecedência algumas ocasiões para estarem em conjunto que sejam aliciantes para eles e que não lhe “roubem” muito tempo. Por exemplo, um jantar a meio da semana ou um brunch no domingo

  1. O seu feedback construtivo é na verdade apenas composto de críticas?

Todos os filhos, independentemente da idade, desejam a aprovação dos seus pais. O mais provável é que os seus filhos saibam perfeitamente quais são as coisas que estão a fazer de forma incorreta nas suas vidas e quais as coisas que desejam alterar. Não precisam assim que os seus pais se foquem exclusivamente a enunciar todos os erros que acham que os filhos estão a cometer.

O que fazer: tente elogiar de uma forma mais frequente tudo aquilo que os seus filhos fazem bem. Reforce o facto de eles serem ótimos pais ou as suas conquistas profissionais. Concentre-se mais no positivo.

  1. Sente que a sua vida é demasiado dominada pelo seu papel de pai ou mãe?

É frequente que muitos pais acabem por dedicar toda a sua vida aos seus filhos. Toda a sua gratificação e satisfação advém da relação com as crianças. Isto é um erro que, a longo prazo, pode gerar alguns graves problemas para o seu bem-estar e criar uma expectativa irrealista do papel que os seus filhos devem assumir em relação a si. Não deve esperar que os seus filhos sejam a resposta para os seus problemas emocionais.

O que fazer: esta é a altura certa para se concentrar mais em si e resolver esta situação. Procure desenvolver a sua identidade fora do seu “papel” parental. Concentre-se em tudo o resto que lhe dá gratificação e que lhe oferece um sentido de propósito.

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