6 benefícios da dieta mediterrânica (que não deve ignorar)

Numa altura em que cada vez mais os olhos do Mundo estão postos naquilo que se come, a cozinha mediterrânica reúne o melhor dos dois mundos, visto que é duplamente apelativa. É deliciosa e, ao mesmo tempo, consensualmente considerada saudável.

Numa altura em que cada vez mais os olhos do Mundo estão postos naquilo que se come, a cozinha mediterrânica reúne o melhor dos dois mundos, visto que é duplamente apelativa. É deliciosa e, ao mesmo tempo, consensualmente considerada saudável.

A busca por uma alimentação mais saudável, muito em voga nos nossos dias, tem impacto numa das cozinhas mais antigas do Mundo e contribui para que receitas tradicionais ganhem novas versões. Isso faz com que a culinária mediterrânica se destaque ainda mais pelos seus pratos coloridos, equilibrados e com poucas calorias, fruto de uma seleção de alimentos naturais e leves, e pela sua capacidade de aliar o prazer de comer à perda de peso.

Este tipo de culinária tem a sua origem na Europa, em países como Itália, Espanha e Grécia, bem como algumas raízes em regiões mais distantes, como Israel e Egito. Consiste em diminuir a ingestão de gordura para, por outro lado, aumentar o consumo de alimentos naturais, nomeadamente o peixe e outros frutos do mar, oleaginosos, leite e seus derivados, leguminosas e óleos saudáveis, como o azeite de oliveira ou o óleo de coco, que contribuem para a saúde do coração.

Além da criteriosa seleção de alimentos, a chamada dieta mediterrânica é muitas vezes considerada um verdadeiro estilo de vida, que alia este tipo de alimentação à prática de exercício físico, normalmente ao ar livre.

As 6 vantagens

Prevenção de doenças

Ao privilegiar os alimentos sazonais e orgânicos, os adeptos deste tipo de gastronomia contribuem ativamente para a prevenção de doenças.

Aumenta a ingestão de fibras

A dieta mediterrânica é uma excelente fonte de fibras alimentares, um nutriente importante e associado a um melhor trânsito intestinal e ao combate a doenças cardiovasculares.

Melhora a saúde da pele

Por tratar-se de uma cozinha rica em agentes antioxidantes, a gastronomia mediterrânica diminui a ação dos radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e reduzindo o aparecimento de acne, rugas e outras marcas de expressão.

Cérebro mais ágil

Os oleaginosos presentes na cozinha mediterrânica, como castanhas, nozes e amêndoas, entre outros, são ricos em ómegas 3 e 6, conhecidos por terem efeitos benéficos para melhorar a capacidade cognitiva e retardar a degeneração cerebral, que pode provocar as doenças de Alzheimer e Parkinson.

Ajuda a emagrecer

Tratando-se de um tipo de gastronomia que coloca em segundo plano a gordura, privilegiando alimentos naturais, não é de estranhar que quem adota este tipo de alimentação perca peso. As fibras contribuem para uma saciedade mais prolongada, o que também ajuda a não comer de mais, errado e fora de horas.

Faz bem ao coração

E esta é uma grande vantagem. Muitos dos alimentos incluídos neste tipo de alimentação têm uma ação antioxidante no corpo, o que ajuda a diminuir os níveis de colesterol no sangue e melhorar a saúde do coração.

RECEITAS

Moussaka

A moussaka é um prato com inúmeras versões em diversos pontos do Mundo, nomeadamente nos Balcãs e no Médio Oriente, mas a mais conhecida vem da Grécia. A receita remonta a 1010, quando um reputado chef chamado Nikolaos Tselementes criou o prato, colocando em camadas carne de cordeiro picada e fatias de beringela e tomate, para depois cobrir o preparado com um molho branco. O resultado é uma espécie de lasanha muito apreciada na Grécia e já bastante conhecida noutros pontos da Europa. A versão turca da receita não apresenta camadas alternadas e é preparada com pedaços de beringela, batatas fritas, pimentos verdes, tomate, cebola e carne picada. Costuma ser acompanhada de salada de pepino ou arroz pilaf.

Já no mundo árabe a moussaka (o nome do prato é, de facto, árabe, e significa “fresco”) consiste numa salada cozida, feita com tomate e beringela, semelhante à caponata italiana, sendo servida fria.

Risotto

O risotto é um dos pratos típicos de Itália, que há muitos anos chegou a Portugal. Embora seja nosso hábito consumi-lo como um prato completo, o risotto é servido, em muitos países, como um acompanhamento, em que o arroz é rei. Tem uma consistência cremosa, al dente, contando com diversos sabores.

O arroz é cozido lentamente em vinho e caldo, sendo acrescentados ingredientes como cogumelos, ervilhas e frutos do mar, apenas para citar algumas das combinações possíveis. Finaliza-se com uma dose de manteiga que, além de sabor, confere brilho ao prato.

Risotto significa literalmente “arrozinho”, e é um prato típico da região do Norte da Itália, mais precisamente da Lombardia.

Data do século XI, altura em que a Sicília era dominada pelos Sarracenos, que trouxeram o grão utilizado para a preparação do risotto desses tempos.

Ratatouille

Esta é uma das mais antigas receitas tradicionais francesas e remonta ao século XVIII. É um prato rústico, típico da região de Provença, cheio de influências vindas de Espanha e Itália. O nome, ratatouille, significa picar ou triturar.

O método clássico de preparação do ratatouille implicava tirar a pele e as sementes do tomate e cozinhar separadamente os vegetais, para serem combinados no final e temperados com sal e ervas de Provença (uma combinação de tomilho, óregãos, sementes de coentro e funcho). O tomate é, por isso, um ingrediente obrigatório, bem como a beringela. O conjunto levava cerca de uma hora a cozer, sendo regado com vinho branco ou tinto.

O ratatouille é uma excelente alternativa a saladas, podendo ser servido quente ou frio.

Bacalhau à lagareiro

A cozinha mediterrânica também passa por Portugal, e um dos pratos mais tradicionais é o bacalhau à lagareiro. A receita é originária das Beiras, onde era preparada em fornos dos lagares de azeite, quando se moía a azeitona para fazer azeite novo, no final de outubro. É desta associação do prato ao lagar que vem o nome “lagareiro”. Neste prato, o lombo de bacalhau é assado com cebolas e batatas, sendo todos os ingredientes generosamente regados com azeite. Na altura em que a receita ainda era preparada nos lagares, as batatas e as cebolas eram espetadas num arame, ainda com casca, e penduradas no forno, onde também era assado o bacalhau. Quando o preparado saía do forno, juntava-se alho cru e temperava-se com bastante azeite acabado de sair do lagar.

Tapas

Originalmente, as tapas (tampas, em espanhol) eram uma forma de tira-gosto que servia para cobrir as taças de vinho Jerez, evitando que pó ou insetos caíssem dentro do copo. Hoje são verdadeiras iguarias da culinária da vizinha Espanha e tornaram-se um prato gourmet, em que são notas dominantes as cores, as diferentes texturas, os sabores e os modos de confeção. Conhecidas como pintxos no País Basco, as tapas podem consistir num pequeno prato de azeitonas temperadas de uma forma especial, uma simples fatia de pão com presunto serrano, ou um espeto com uma mistura complexa de frutos do mar, como camarão, lula, alcachofra e aspargo. O prato pequeno individual é a tapa, enquanto as porções maiores são conhecidas como media ración e ración.

Bouillabaisse

Originário do Sul de França, o bouillabaisse é um delicioso prato criado na cidade portuária de Marselha, onde os pescadores juntavam, num caldeirão, tudo aquilo que não conseguiam vender. Tal como no que diz respeito às carnes no cozido à portuguesa, no bouillabaisse vale tudo o que vem do mar: lula, polvo, camarão, caranguejo e todas as espécies de marisco e peixes.

No entanto, a característica mais diferenciadora deste prato não é o peixe, mas o aroma e o sabor original derivado das combinações de ingredientes, que transformam o bouillabaisse em algo especial. Um famoso escritor francês, Jean-Noël Escudier, chamou ao bouillabaisse “síntese mágica”. Outro francês, Maurice Curnonsky, rotulou-o como “soupe d’or”, ou sopa de ouro.

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