Comprar produtos em segunda mão como presentes de Natal está a tornar-se uma tendência em crescimento entre os portugueses, de acordo com um estudo realizado pela Wallapop, plataforma de artigos reutilizados. Segundo os dados, 9 em cada 10 portugueses admite que não se importaria de receber um presente de Natal reutilizado, com maior incidência entre as mulheres.
O estudo, que procurou compreender os hábitos e as preferências dos consumidores nesta época festiva e de alto consumo, divulgou que 85% dos portugueses assumem a probabilidade de oferecer um presente em segunda mão este Natal, desde que esteja em excelentes condições e com um preço reduzido.
Quando questionados sobre o impacto positivo de comprar um objeto reutilizado em vez de novo, 49% mencionou fazê-lo por priorizar a questão ambiental e outros 39% a questão financeira, refletindo, mais uma vez, o dado revelado num estudo anterior da mesma plataforma de que 80% dos portugueses já assume a sustentabilidade como um fator-chave nas suas decisões de compra.
Concretamente, este Natal 59% dos portugueses admite que pondera comprar entre 1 a 3 presentes reutilizados e outros 25% entre 4 a 5 prendas, perfazendo uma média de 3 presentes em segunda mão.
E encontrar o presente perfeito pode ser um desafio, especialmente quando se trata de agradar o parceiro – apontado por 42% dos portugueses como a pessoa mais difícil de surpreender. Já os livros lideram como o presente mais popular, tanto para oferecer (49%) como para receber (42%), destacando-se como uma escolha mais intemporal.
Vender artigos que já não são usados para financiar as compras de Natal é também uma estratégia cada vez mais utilizada e que junta vantagens económicas e ambientais. Cerca de 23% dos portugueses já adotam esta prática regularmente, um número que sobe para 35% entre os jovens dos 18-34 anos. Além disso, 37% dos inquiridos já compraram ou venderam decorações de Natal em segunda mão e 52% considerariam fazê-lo no futuro.
Adotar a prática de oferecer produtos reutilizados no Natal não contribui apenas para a carteira dos portugueses e para uma diminuição de produção de resíduos, mas é também uma escolha inteligente para quem procura presentes únicos como livros esgotados, discos de vinil antigos, jogos retro ou bijuteria e vestuário vintage.
