Afinal, como pode a falta de esperança afetar a nossa saúde mental?

Em tempos de Covid-19 tem sido bem difícil encontrar motivos para nos mantermos felizes e esperançosos.

O último ano representou um enorme desafio para o bem-estar das populações. A incerteza provocada pela pandemia obrigou muitas pessoas a mudar a sua vida, os seus hábitos e rotinas. O resultado? Os casos de depressão aumentaram, assim como as crises de ansiedade.

Por mais difícil que possa parecer a verdade é que manter a esperança e um pensamento positivo pode ser algo determinante para proteger a nossa saúde física e mental. Um estudo de 2019, conclui que o otimismo está associado a uma esperança média de vida 11-15% superior.

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A verdade é que as pessoas mais positivas têm tendência para estar mais envolvidas tanto em atividades físicas como sociais. A sua alimentação é melhor e os seus hábitos, em geral, são mais saudáveis. Um menor risco de doença cardiovascular ou doença crónica é outro dos aspetos associado a pessoas mais esperançosa.

Mas afinal como podemos tornar-nos mais otimistas? Eis algumas estratégias que prometem ajudar.

 

  1. Recuperar o controlo

A esperança é algo que se pode descrever como “o acreditar que o futuro será melhor que o presente, sabendo que temos a capacidade de o influenciar”. No fundo, passa pela ideia de que podemos controlar o que nos vai acontecer. Sendo certo que a pandemia evidenciou tudo aquilo que foge ao nosso controlo, a verdade é que nestes momentos se torna essencial que se concentre em tudo aquilo que pode realmente controlar. Concentrar o seu foco em certas atividades produtivas – como ajudar um vizinho ou voluntariado – pode ajudar a recuperar o seu propósito.

 

  1. Encontrar boas notícias e resultados inesperados

Habitualmente quando enfrentamos um momento mais difícil é útil pensarmos em experiências anteriores e desafios semelhantes que tenhamos sido capazes de ultrapassar. Isso é mais difícil em tempos de pandemia, dado que nunca ninguém havia passado por isto. Posto isto, torna-se essencial que seja capaz de se concentrar nas notícias mais positivas e limite o “consumo” constante de notícias preocupantes. Proteja a sua saúde mental, controlando a exposição à realidade. De resto, procure pensar nas coisas boas que a pandemia pode trazer. Um ritmo menos acelerado, a ausência de trânsito, mais tempo em família, etc.

 

  1. Pratique uma maior gratidão

Pensar ativamente em todos os aspectos mais felizes da nossa vida pode ajudar-nos a sentir mais otimistas. Lembre-se de tudo aquilo pelo qual está mais grato. Todos os pequenos detalhes da vida que lhe dão prazer ou conforto. A verdade é que o nosso cérebro tem uma tendência natural para se concentrar quase exclusivamente nos aspetos mais negativos e nos perigos. Pode ser assim útil, dispender algum tempo no final dos seus dias a escrever ou pensar em todas as coisas boas que aconteceram anteriormente. Esta deve ser uma prática constante que acompanhe os seus dias.

 

  1. Evite sentimentos de culpa

As pessoas mais otimistas tendem acreditar que as coisas más que acontecem são apenas eventos temporários, provocados por causa alheias que escapam ao seu controlo. Já os pessimistas acreditam em causas permanentes criadas por eles próprios. De resto os otimistas encaram os seus falhanços como aprendizagens úteis, enquanto que os pessimistas encaram estes eventos como algo negativo e doloroso que deve ser a todo o custo evitado.

 

  1. Esperar tempos melhores

Planear atividades que possa cumprir assim que começarmos todos a desconfinar é algo que pode ser bastante benéfico para o seu estado de espirito. Concentre-se em tudo aquilo que deseja fazer assim que for possível. Comece desde já a planear férias ou viagens, por exemplo. A ideia de que a pandemia não irá durar para sempre pode conseguir gerar alguma importante esperança.

 

 

 

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