Afinal, qual a verdadeira história dos bolinhos da sorte?

Ao contrário do que muitos possam pensar este produto não é uma invenção chinesa.

Muitos são os restaurantes que escolhem adicionar um pequeno doce à conta e ao momento de pagamento. Chocolates, rebuçados, gomas, são apenas alguns dos exemplos que podemos encontrar.

No entanto foram os restaurantes chineses que popularizaram o doce mais associados a estes momentos: o bolinho da sorte. Uma pequena bolacha oca com um suave sabor a baunilha que contém no seu interior uma pequena mensagem positiva.

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Um conceito genial que muitos associam à cultura chinesa, todavia a verdade sobre a origem destes produtos é bem diferente. Os bolinhos da sorte são na verdade uma invenção japonesa do séc. XIX que no século XX “viajou” para os EUA, tal como explica o portal History.

 

De Kyoto para a Califórnia

Desde 1870 que algumas pequenas pastelarias japonesas em Kyoto começaram a fabricar estes tipos de bolachas com mensagens no seu interior. Eram chamadas “tsujiura senbei” (“bolacha da sorte”). Na sua forma original estes pequenos bolinhos eram maiores e mais escuros, feitos com sésamo e miso, ao invés de baunilha e manteiga.

Estes bolinhos da sorte acabaram por chegar aos EUA entre 1880 e 1890, numa altura de forte imigração proveniente do Japão com destino ao Hawaii e California. No momento da sua chegada muitos destes japoneses optaram por abrir pequenas pastelarias em cidades como Los Angeles ou São Francisco.

O restaurante “Tea Garden” no jardim de Golden Gate em São Francisco é considerado por muitos o primeiro estabelecimento a servir este tipo de bolinho no final das refeições. Os donos compravam este doce a uma pastelaria local de origem japonesa que afirmava ter criado uma máquina capaz de produzir este doce em larga escala.

 

Rumo aos restaurantes chineses

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial e sobretudo após o ataque a Pearl Harbor, muitos emigrantes japoneses começaram a ser mal vistos pela população. Muitas lojas, pastelarias e restaurante foram obrigados a fechar.

De resto o paladar dos americanos começava antes a favorecer comidas chinesas como o Chop Suey ou Chow Mein. Assim muitos foram os japoneses que decidiram antes abrir restaurantes inteiramente dedicados à culinária chinesa. No final das refeições começou a ser tradicional servir os bolinhos da sorte, como forma de açucarar o paladar dos clientes e agradecer o pagamento.

Até aos dias de hoje este continua a ser um ritual popular associado a estes restaurantes, tanto nos EUA como no resto do Mundo. A Wanton Food, a maior produtora de bolinhos da sorte do mundo, produz diariamente cerca de 4 milhões de unidades deste produto, o que equivale a mais de 3 mil milhões de bolinhos produzidos anualmente.

 

 

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