Animais dentro do carro: não parta o vidro, chame a polícia

O que fazer se encontrar um cão fechado num carro ao sol ou em sofrimento? O melhor é chamar a polícia, que está preparada para lidar com estas situações.

Está a passear num dia quente de verão ou passa por um parque de estacionamento e depara-se com um cão fechado num carro. Deve ou não partir o vidro para salvá-lo? O “sim” tem sido defendido nas redes sociais. Alguns recomendam mesmo que se tire uma fotografia do animal antes de partir a janela do veículo.

Porém, as autoridades policiais estão preparadas para tratar estas situações sem colocar a vida dos animais em risco e responsabilizar criminalmente o dono, caso haja suspeição de maus tratos. Por isso, aconselhamos a chamar a polícia se encontrar um animal trancado no carro.

Só em casos extremos, por exemplo, se for evidente que as autoridades não chegam a tempo de salvar o animal, pode haver quebra do vidro. De outro modo, poderá estar a praticar um crime de dano, punido com uma multa ou pena de prisão até 3 anos.

Os cães não são meros animais de companhia. São seres vivos com necessidades fisiológicas muito idênticas às dos humanos. Se estiverem fechados dentro de um carro ao sol, no limite podem morrer, devido ao aumento exponencial da temperatura. Tremores musculares, hipersalivação, perda de consciência, falta de coordenação motora, respiração ofegante, convulsões e vómitos são alguns dos sintomas provocados nos cães pelo calor extremo no interior de um automóvel.

Ao contrário do que se possa imaginar, deixar a janela aberta não é a melhor solução, pois o animal pode saltar para fora do carro, correndo o risco de se magoar.

Antes de sair de casa, o dono deve confirmar se o local para onde pretende levar o cão, como praias, esplanadas ou centros comerciais, aceita a presença de animais. Em caso negativo, a mascote deve ficar em casa – a melhor alternativa face à exposição prolongada ao calor dentro do carro.

estatuto jurídico dos animais reconhece que são seres dotados de sensibilidade e deixa de considerá-los “coisas”. Os donos continuam a ser “proprietários”, mas não podem provocar quaisquer maus tratos aos animais. Os donos são obrigados a assegurar o bem-estar do animal de estimação e garantir que tem acesso a água, comida e conforto. Se as regras forem desrespeitadas, podem ser punidos com multas ou penas de prisão.

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