Escolher a casa ideal não é tarefa fácil, especialmente se a decisão passar, numa primeira instância, por decidir entre viver em apartamento ou moradia. Todos imaginamos a casa dos nossos sonhos, mas, no que toca a comprar casa, tomar uma decisão ponderada é essencial. Apresentamos quatro fatores que o ajudarão a desbloquear esta indecisão.
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Note-se que, quanto maior for a casa, à partida mais cara esta será. Neste sentido, para ter a certeza de que toma uma decisão acertada, há que pensar primeiro nas reais necessidades do agregado familiar, pois, por exemplo, um T5 pode não se adequar a um jovem. Da mesma forma, um T2 não é suficiente para um casal com dois filhos.
O número de divisões da casa pretendidos pesa, assim, na escolha entre apartamento ou moradia, visto que esta última opção normalmente é mais adequada para famílias numerosas.
Para decidir quantas divisões realmente acha que deve ter a sua casa ideal, sugerimos a consulta da listagem abaixo. Dependendo das características que privilegiar, um determinado tipo de habitação será mais adequado do que outro:
Garagem |
Varanda |
Jardim |
Piscina |
Churrasqueira |
Arrecadação |
Espaço comum para festas |
Terraço |
Lareira |
Aquecimento Central |
Ar Condicionado |
Janelas com Vidro Duplo |
Prédio com Elevador |
Acessos para pessoas com mobilidade reduzida |
#1 – Finalidade
Em primeiro lugar, a decisão entre apartamento ou moradia será muito influenciada, obviamente, pela finalidade da casa. Naturalmente, determinado tipo de habitação será mais adequado para residência de férias, ao passo que outro tipo será mais direcionado para uma rotina agitada de quem trabalha nos grandes centros urbanos.
Mesmo quem compra casa para investir (ou seja, com o objetivo de colocar no mercado a arrendar) deve ter isto em consideração. Por consequência, a finalidade da habitação é um fator determinante para o tipo de imóvel que se vai adquirir.
Existem três tipos de finalidades de uma casa:
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Habitação Própria Permanente
A Habitação Própria Permanente diz respeito ao domicílio em que se vive em permanência, no qual floresce o centro de vida familiar do proprietário. É nesta casa que se criam memórias com a família e os amigos e onde, à partida, se passarão largos e bons anos.
Para a escolha de uma habitação própria permanente pesarão fatores como as acessibilidades (proximidade de redes de transportes e de autoestradas) e a existência de serviços e comércio local (hospitais, escolas, supermercados, etc.).
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Habitação Própria Secundária
A residência secundária é, no fundo, a casa de férias da família, destinando-se às escapadelas ao longo do ano.
E se normalmente a habitação própria permanente se encontra perto dos locais de trabalho da família e geralmente junto aos grandes centros urbanos, na escolha da segunda habitação já se costuma privilegiar mais a tranquilidade e a beleza paisagística da zona envolvente (campo, montanha ou praia).
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Habitação para Arrendamento
E ainda há quem compre casa como forma de investimento, ou seja, para arrendar, tornando-se numa fonte de rendimento do proprietário.
Dado que o grande objetivo de quem faz este investimento é rentabilizá-lo, geralmente procura-se este tipo de imóvel em zonas turísticas ou nos grandes centros urbanos, onde a procura de imóveis para arrendar é superior relativamente ao campo e aos subúrbios.
#2 – Localização
Naturalmente que é mais fácil encontrar moradias no campo e apartamentos nas cidades.
Se a casa em questão se destina a habitação própria permanente, há que ponderar se prefere viver mais perto do trabalho ou deslocar-se diariamente de carro ou de transportes públicos.
Normalmente, em zonas de mais baixa empregabilidade (ou seja, fora dos grandes centros urbanos) o preço das habitações é mais acessível, mas nem sempre tal compensa face ao custo acrescido que vai ter com o passe dos transportes ou com o combustível da sua viatura. Para quem tem de se deslocar diariamente para mais de 25 quilómetros, por exemplo, nem sempre poderá compensar.
#3 – Tipo de construção
Após tomada a decisão de ter casa própria, o consumidor depara-se com estas três opções:
- Construir uma habitação de raiz;
- Comprar uma casa usada (seja remodelada ou a precisar de obras);
- Comprar uma casa nova (ainda em construção ou pronta a habitar).
Cada uma destas soluções tem os seus prós e contras – ora vejamos.
Construir casa
Esta é indubitavelmente a melhor escolha para quem quer uma habitação totalmente a seu gosto. Ao se construir de raiz, é possível selecionar quantas divisões se quer ter e qual o tamanho de cada uma, bem escolher todos os materiais, acompanhando-se o processo do início ao fim.
É a opção que requer mais tempo e esforço: primeiro tem de comprar o terreno, depois desenhar o projeto, solicitar toda uma série de licenças na Câmara Municipal e fazer todas as obras necessárias. Isto pode levar anos e gerar-lhe umas quantas dores de cabeça, mas é também, praticamente, a única forma de ter uma casa totalmente personalizada.
Adquirir casa usada
Neste caso, a grande vantagem reside, à partida, no preço (uma habitação em segunda mão não terá certamente o mesmo custo de uma casa nova), para além de que o processo de mudança será mais rápido.
No entanto, se a casa precisar de obras, importa considerar este custo adicional (se tiver de substituir a canalização ou colocar isolamento em toda a habitação, pode sair-lhe muito caro e não compensar face a uma casa nova).
Comprar habitação nova
As chamadas “casas em planta” (ou seja, que ainda estão a ser construídas) normalmente possuem um preço mais acessível do que as novas que já estão terminadas, para além de terem a benesse de poderem ser personalizadas (não obstante o facto de a estrutura da casa já estar definida, normalmente os construtores permitem que os compradores escolham alguns materiais).
Existe alguma desvantagem em comprar uma casa ainda em construção? Sim: a empresa de construção pode falir e o prazo estabelecido para o fim da obra pode não ser respeitado.
Por outro lado, as casas novas e prontas a habitar são excelentes soluções para quem não tem tempo a perder, pois os compradores não precisam de se preocupar com obras e com o planeamento que tal exige.
#4 – Condições da casa
Finalmente, na escolha entre apartamento ou moradia – e isto deve ser feito quando faz as visitas aos imóveis -, deve sempre atentar nas condições da habitação. Verifique estes quatro pontos:
- Qualidade da própria construção: avalie os isolamentos térmicos e acústicos, os acabamentos, os materiais de construção, a canalização e a instalação elétrica;
- Certificado energético: quanto mais elevada é a certificação energética de uma habitação, maior será a poupança que os proprietários sempre terão (uma casa com painéis solares requer muitos menos gastos em gás, por exemplo);
- Despesas de condomínio: naturalmente, um edifício com piscina, elevador, garagem, campo de ténis e espaços verdes pagará mais despesas de condomínio do que um prédio sem nenhum destes atributos. Da mesma forma, no caso das vivendas, estas despesas estão inteiramente a cabo do proprietário. Se vai comprar um apartamento, informe-se previamente sobre estes custos, já que serão uma despesa fixa no orçamento familiar;
- Ficha Técnica da Habitação: este documento contém todas as características técnicas e funcionais do edifício, materiais e empresas envolvidas na construção da casa (acabando por ser uma espécie de bilhete de identidade da habitação).
Em conclusão
Nas cidades é muito comum as famílias preferirem apartamentos, pois estes acabam por normalmente ter um preço mais acessível do que as vivendas. Já os jovens costumam optar entre T0, T1 e T2, porque não necessitam de tanto espaço e os preços destas casas são mais acessíveis. Cada caso é um caso e os quatro fatores enunciados podem ajudar a decidir entre comprar um apartamento ou moradia.