Começar a Investir. Saiba quais são as primeiras etapas a seguir

Esta semana, Ariana Nunes (educadora financeira e criadora do canal YouTube “Renda Maior) partilha com os leitores da Forever Young algumas importantes sugestões para começar um portfolio de investimento.

Muitas pessoas esperam o melhor momento para investir. Para mim, sinceramente, esse momento não existe, pois ninguém consegue prever os mercados. Assim, pode-se considerar como um momento para iniciar essa caminhada, quando atingir o máximo estipulado da sua reserva de emergência. No geral, esse talvez seja o melhor momento para poder investir com confiança, mas, para além desta questão importante, ainda há outra que cria mais dúvidas: onde investir?

 

  1. Primeira análise

Com tanta oferta e, por vezes, com pouco conhecimento, nem sabemos como começar. A verdade é que no início tudo parece difícil e complexo, afinal. antigamente, diziam que investir era só para os ricos, que a maioria das pessoas devia era apenas saber poupar bem o seu “dinheirinho”. Pois, mas nem sempre a sabedoria popular se atualiza. Talvez o pau que nasce torto, agora até se pode endireitar, tendo em conta que, atualmente, com o acesso à inovação tecnológica há possibilidade de o corrigir,.

Claro que, o mais importante nestes provérbios são as analogias que se aplicam a outras situações dos nossos tempos, pois transmitem bem a ideia/mensagem do que se quer dizer. Não obstante, lá no início desta sabedoria popular, de certeza que havia um pau que nasceu torto e que não conseguiram endireitá-lo, tal como acredito por experiência própria, que hoje em dia já não é preciso ser rico para se poder investir.

Assim que juntar o seu dinheiro, adote uma postura diferente e pense como pode começar esta jornada. O primeiro passo é conhecer-se como investidor, sendo a melhor maneira, fazer um teste que visa identificar qual é o seu nível de risco (que encontra facilmente online). Este teste irá dizer-lhe se o seu perfil é conservador, moderado ou dinâmico (agressivo), no que se trata a investir o seu dinheiro.

 

  1. Qual o seu nível de risco?

Estas categorias são muito importantes para perceber que ao investir tem que saber a sua tolerância ao risco, isto é, ter a capacidade de aguentar a possibilidade de perder o seu dinheiro investido. Por isso, saber se é conservador, vai-lhe transmitir que deve optar por investimentos mais seguros com capital garantido, tais como os mais tradicionais certificados do Estado, depósitos a prazo ou, um pouco menos conservador, adquirir imóveis para arrendar.

Se tiver um perfil moderado já será mais tolerante e, provavelmente, os investimentos de capital não garantido não lhe vão tirar o sono, podendo aproveitar, com risco, as maiores rentabilidades e mercados como a bolsa de valores.

Caso seja um investidor com um perfil dinâmico, poderá estar interessado em procurar as maiores rentabilidades em vários tipos de investimento, contando até com estratégias mais agressivas para aceder a uma maior diversificação dos seus ativos, talvez mais voláteis, como por exemplo as criptomoedas (Bitcoin, Ethereum e afins).

 

  1. Antes do primeiro investimento: Informe-se.

Depois de conhecer o seu nível de risco, e após decidir qual a quantia que quer investir ou destinar mensalmente aos investimentos, deverá escolher qual o primeiro investimento a fazer. Nesta fase, tudo vai parecer estranho e complicado, mas tal como tudo, vai precisar de algum estudo para perceber o que está a ponderar fazer com o seu dinheiro. Nestas alturas, muitas pessoas vão ao banco, procurando obter os melhores conselhos junto dos seus gestores de conta, o que nem sempre servirá os seus melhores interesses.

Daí surgir mais uma outra questão importante: quem vai tomar conta dos seus investimentos? Sem dúvida que vale a pena gastar o seu tempo com isto. Vai  conseguir aprender que investir mensalmente de forma passiva não é difícil. Entretanto, se a sua vontade é nem estar perto dos seus investimentos, talvez terá que gastar mais dinheiro e contratar um consultor financeiro, para que façam isso por si.

Pressupondo que tem interesse na sua própria gestão, então vai ter que olhar para o mercado e fazer um levantamento de quais os melhores bancos ou corretoras, para o tipo de investimento que escolheu. Aqui neste ponto, deve comparar os preços ao detalhe, verificar todos os custos inerentes, tal como spreads, comissões e taxas. Só assim, vai saber qual o melhor banco ou corretora para si. Conheça as garantias ou seguros de capital oferecidos e, ainda, leia o máximo de opiniões que conseguir. Se procurar na internet, encontrará a maioria das respostas a muitas das suas dúvidas.

Por fim, contando que se sente confortável em começar a aplicar o seu dinheiro no investimento que escolheu, analisou e que entendeu, então está pronto para abrir a conta numa corretora ou banco. Nada é mais importante do que o estudo dos investimentos, saber operar, conhecer os riscos, as consequências, como funcionam os mercados e quais as suas características. Certamente assim, irá encontrar a receita que, aliada à prática, trará bons resultados.

Descubra o que faz mais sentido para si, se o investimento que pretende fazer é mais ativo, e por isso precisa mais da sua intervenção, ou mais passivo, por exemplo, investir mensalmente num ETF na bolsa de valores. Veja quanto dinheiro tenciona investir e se pretende fazer investimentos com vista aos retornos no curto ou longo prazo de tempo. Quanto mais souber, mais confortável se vai sentir e mais rentabilidade poderá ter, pois o conhecimento, além de não ocupar espaço é poder!*

 

*Todo o conteúdo neste artigo apenas serve para fins educacionais e não representa qualquer tipo de aconselhamento financeiro. Consulte sempre um especialista certificado ou faça a sua própria análise no que se trata a investir, pois envolve risco de perdas.

 

 

Por Ariana Nunes
(Educadora financeira e criadora do Canal Renda Maior no YouTube)
Site: https://www.youtube.com/rendamaior

 

 

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