Como a relação com o seu pai influencia o seu relacionamento… com outros homens

A relação entre pai-filha deixa marcas para toda a vida. Para o bem e para o mal.

Num momento em que possa estar com dificuldades amorosas, em que sinta que está constantemente a cair nos mesmo padrões errados, pode ser importante analisar a sua relação mais importante e formativa com o sexo oposto.

Analisar a forma como o relacionamento com o seu pai a marcou pode ser essencial para melhor perceber alguns problemas ou questões que podem estar a prejudicar a forma como se relaciona com outros homens.

Para algumas mulheres, a relação com o seu pai foi sempre feliz, positiva e consistente. Foi marcada por uma sensação de segurança e conforto. Para outras mulheres, infelizmente a situação é diferente. Pais ausentes, demasiado controladores, agressivos e distantes, podem impactar fortemente as suas filhas. Condicionando as expectativas e relações que estabelecem ao longo da sua vida.

Os estudos parecem confirmar estas perspetivas. Eis 5 conclusões que demonstram bem de que forma a relação entre pai-filha pode estar a condicionar a forma como as mulheres se relacionam com o sexo masculino.

 

  1. Um pai presente e amigo é crucial para formar elos saudáveis no futuro

Um pai que esteja lá para apoiar a filha quando necessário, que demonstre o seu amor pelos filhos e pela mulher, que transmita mensagens positivas e de esperança é alguém que está a contribuir para o correto desenvolvimento de uma rapariga.

A forma como um pai atua serve de exemplo principal, condicionando o que uma filha deve esperar nos seus próprios relacionamentos amorosos. Ela irá esperar que os outros homens da sua vida sejam tão positivos, amigos e interessados como o seu pai.

  1. A ausência física de um pai deixa marcas

Um pai ausente, seja porque razão for, condiciona e prejudica o espírito de uma rapariga em desenvolvimento. Este abandono precoce acaba muitas vezes por determinar que estas mulheres têm no futuro uma maior dificuldade em confiar nos outros. Assim como uma menor autoestima, resultado de não se sentirem “boas” o suficiente para serem amadas e cuidadas.

Torna-se igualmente mais difícil compreender o que é ou não é aceitável numa relação amorosa. Falta o exemplo do pai para guiar as expectativas. Para distinguir o que é correto, desejável, de tudo aquilo que é inaceitável.

  1. Um pai emocionalmente ausente também magoa

Até pode ver o seu pai com muita frequência, mas sentir que existe uma total desconexão. As mulheres que crescem com pais pouco capazes e disponíveis emocionalmente, acabam por escolher também homens que não sabem lidar bem com as suas emoções.

Isto determina que acabem habitualmente por se sentirem descontentes e inseguras nas suas próprias e futuras relações amorosas.

  1. A forma como o pai trata a mãe é determinante

O exemplo da relação entre o nosso pai e a nossa mãe é extremamente formativo. Ajuda-nos a perceber aquilo que devemos esperar no futuro. A forma como queremos (ou não) ser tratadas no futuro.

Caso tenha presenciado muitas interações negativas é natural que tenha receio de replicar os mesmos erros. Fazendo com que se sinta em geral mais insegura e “refém” do medo. Pode assim condicionar gravemente a capacidade que terá em confiar nos seus parceiros.

  1. A forma como o seu pai comunica sobre amor e sexo é importante

A maior parte dos pais parece evitar conversar com as suas filhas sobre estes tópicos. No entanto todos aqueles que ganham coragem para falar abertamente destes temas, conversando sobre relações, sexo e amor, podem estar a contribuir positivamente para o futuro das suas filhas.

Um estudo de 2010, demonstrou que uma presença ativa do pai sobre estes assuntos pode contribuir positivamente para um maior sentimento de autoestima e para uma maior capacidade em recusar sexo não desejado. De forma geral, quanto mais abertamente se falar com uma adolescente sobre sexo e amor, mais provável será que esta assuma no futuro comportamento saudáveis.

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