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Como funciona o cérebro de um psicopata? Saiba o que diz um novo estudo

1 Julho 2025
Forever Young

Um novo estudo descobriu que os psicopatas apresentam alterações em áreas específicas do cérebro que lidam com aspetos como o controlo dos impulsos e a regulação emocional.

Um novo estudo publicado na Springer Nature revelou alterações estruturais em áreas específicas do cérebro de pessoas com psicopatia, o que ajuda a explicar comportamentos como a impulsividade, a agressividade e a falta de empatia. A investigação oferece pistas relevantes para o desenvolvimento de estratégias de diagnóstico e reabilitação mais eficazes, sobretudo em contextos forenses.

Apesar de exibirem comportamentos antissociais, por vezes extremos, os psicopatas raramente se enquadram numa definição legal de insanidade. No entanto, o seu perfil psicológico continua a ser um dos principais preditores de violência e agressão, o que torna fundamental uma avaliação clínica precisa.

Um cérebro diferente para cada traço psicopático

A equipa de investigadores recorreu a técnicas avançadas de imagiologia cerebral para estudar as diferenças anatómicas no cérebro de indivíduos classificados como psicopatas. A psicopatia foi medida através da Psychopathy Checklist-Revised (PCL-R), uma escala reconhecida internacionalmente que avalia 20 traços de personalidade e comportamento, organizados em dois grandes fatores:

  • Distanciamento emocional: falta de empatia, ausência de remorsos, charme superficial e tendência para manipular;

  • Comportamento antissocial: impulsividade, agressividade, irresponsabilidade, comportamento desviante desde a infância.

Segundo os autores, cada tipo de traço parece estar associado a alterações em regiões cerebrais distintas. As áreas ligadas ao controlo dos impulsos e à regulação emocional apresentaram diferenças estruturais claras, o que pode explicar a dificuldade destes indivíduos em controlar comportamentos prejudiciais, mesmo com plena consciência das suas consequências.

“Esta distinção entre traços e zonas cerebrais envolvidas pode ser crucial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais específicas”, escrevem os investigadores, citados pela New Atlas. Ou seja, intervenções futuras poderão ser mais eficazes se forem adaptadas ao perfil psicopático predominante – emocional ou comportamental.

Embora a psicopatia continue a ser um desafio clínico e ético, este estudo reforça a ideia de que há uma base biológica concreta por detrás de muitos dos comportamentos associados ao distúrbio, oferecendo um ponto de partida para novas abordagens na saúde mental e na justiça criminal.