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Conheça os 4 maus hábitos que afetam a memória quando envelhecemos

O professor Charan Ranganath, diretor do Laboratório de Memória Dinâmica da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, é um dos neurocientistas mais renomados no estudo da memória.

13 Maio 2024
Sandra M. Pinto

À BBC News Mundo, o autor do livro Why We Remember identificou quatro maus hábitos que a maioria das pessoas tem — e que, segundo ele, afetam a capacidade do nosso cérebro se lembrar das coisas.

1. Não descansar o suficiente
À medida que os seres humanos envelhecem, tendem a dormir menos horas e, como se não bastasse isso, problemas no trabalho, económicos e de saúde podem afetar a qualidade do sono, uma combinação que pode ser bastante prejudicial para a saúde.

O neurocientista, que há 25 anos estuda o funcionamento do cérebro, explica que o sono também tem uma função restauradora. «Se uma pessoa não dorme o suficiente, a função frontal do cérebro é reduzida, assim como o seu nível de tolerância ao stress; e, por isso, ela não é capaz de se concentrar adequadamente.”

Durante a noite, o cérebro não só elimina elementos nocivos e recarrega as baterias, como também organiza as nossas memórias.

2. Ser multitarefa
No mundo competitivo e atribulado de hoje, a capacidade de ser multitarefa — ou seja, de fazer várias coisas ao mesmo tempo — é vista como algo positivo. Mas Ranganath alerta que isso pode ser “muito mau” para a memória.

O motivo? «O córtex pré-frontal ajuda a focar no que precisamos fazer para atingir nossos objetivos, mas esta habilidade maravilhosa fica prejudicada se pularmos continuamente de um objetivo para outro», explica.

Segundo ele, «existe no nosso cérebro uma competição entre os conjuntos de neurónios que participam de diferentes tarefas — e esta competição é o que dificulta que se realize várias tarefas ao mesmo tempo de maneira correta e eficiente».

3. Cair na monotonia
Diferentemente do que se imagina, o cérebro humano não está programado para lse embrar de tudo. Pelo contrário, ele é seletivo.

«A maioria das experiências que vivemos ou das informações às quais fomos expostos vai ser esquecida», explica Ranganath.

Apenas aquelas experiências ou eventos associados ao medo, raiva, desejo, felicidade, surpresa ou outras emoções que sejam capazes de libertar substâncias químicas como adrenalina, serotonina, dopamina ou cortisol o cérebro vão ficar fixados nos nossos neurónios.

Estas substâncias químicas ajudam na plasticidade cerebral, que é essencial para a memória.

4. Ser confiante demais
«As pessoas pensam que sua memória é muito boa até que, em algum momento da vida, percebem que não é o caso», observa Ranganath.

E não é para menos, já que o cérebro não foi projetado para lembrar literalmente de tudo aquilo que vivemos — o que, segundo o especialista, seria uma tarefa muito árdua.

«O propósito da memória não é recordar o passado, embora possa fazer isso — mas, sim, retirar do passado as informações importantes de que necessitamos para compreender o presente, e nos preparar para o futuro», explica, recomendando não recorrer apenas à memorização para aprender algo.

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