Coronavírus. Homens idosos são os mais afetados

O risco é mais alto para população envelhecida, que possa ter já outros problemas de saúde.

Denominado 2019-nCoV, o vírus contagioso que emergiu na China continua a alastrar-se a cada vez mais países. Com o aumento da preocupação em torno deste surto, tem ficado também cada vez mais claro que a população mais envelhecida e que sofre de doenças crónicas é quem se encontra em maior risco.

Os sintomas do coronavírus podem assumir diferentes níveis de intensidade, indo desde uma simples febre ou fatiga, até uma pneumonia ou um choque séptico. No entanto, tal como reportou o The New York Times, os sintomas parecem estar a afetar de uma forma mais severa os idosos e as pessoas que já se encontravam doentes antes de contrair o vírus.

Estes são os dois grupos demográficos que estão a morrer a uma maior velocidade, sobretudo quando comparado com o resto da população adulta. “A maioria dos casos fatais correspondem a vítimas idosas ou a doentes crónicos”, confirma o epidemiologista Ian Lipkin da Columbia University, em entrevista ao NYT.

Um recente estudo publicado no The New England Jounal of Medicine, apresentou algumas conclusões e dados sobre primeiros 425 casos confirmados em Wuhan, revelando que cerca de metade das vítimas correspondem a adultos com mais de 60 anos. Dos 425, 56% dos casos eram homens.

Sendo certo que as crianças e os idosos são habitualmente considerados os grupos de maior risco nos casos de epidemias e vírus, a verdade é que no caso do 2019-nCoV os mais novos parecem não estar a ser tão afetados. Neste momento existem menos mortes de crianças infetada pelo coronavírus do que seria esperado. Este facto pode, no entanto, ser explicado pela dificuldade inerente das equipas hospitalares conseguirem diferenciar eficazmente o coronavírus de outro tipo de vírus, como a gripe. Os números podem assim não contar toda a verdade.

Apesar de todas estas conclusões, isto não significa que os outros grupos demográficos mais jovens e saudáveis não se devam preocupar. Com a expansão do coronavírus cada vez mais pessoas poderão ser afetadas, e é assim recomendado que todos sigam as indicações da DGS e que não assumam comportamentos de risco.

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