Está preparado para a reforma do seu parceiro? Nem tudo são bons momentos…

Mais tempo passado em conjunto pode nem sempre significar algo positivo.

Para muitos casais a ideia de se reformarem pode parecer idílica. Finalmente terão todo o tempo para se dedicar ao seu relacionamento como sempre desejaram. No entanto, o que acontece se ambos os membros do casal não concordarem totalmente na forma como imaginam este período das suas vidas?

Um estudo apresentado no Portal Considerable, afirma que grande parte dos casais não estão totalmente alinhados no que diz respeito às expectativas para as suas respetivas reformas. Cerca de metade dos casais inquiridos não concordam na idade em que planeiam reformar-se e um terço afirma ter ideias distintas relativamente ao estilo de vida que desejam seguir nessa fase das suas vidas.

Inevitavelmente isto pode causar alguns problemas ao casal. O simples facto de passarem mais tempo juntos, assim que atingirem a reforma, pode criar uma inesperada “fricção” pois o mais provável é que descubram alguns hábitos e rotinas dos seus parceiros que porventura desconheciam.

Caso esteja com alguns receios relativamente a esta questão, junto seguem alguns conselhos que deverá ter em conta.

Esteja preparado para uma fase inicial menos boa

Segundo Anthony Chambers, director do Centro de Psicologia Aplicada e Estudos Familiares da Universidade Northwestern, o primeiro passo será reconhecer que esta é uma fase de transição e como tal, existirão certamente momentos mais complicados até se atingir uma desejada “normalidade”.

Não espere que tudo seja um “mar de rosas”. É importante que no caso do seu parceiro se reformar lhe dê algum espaço e tempo para que ele consiga tanto organizar a sua mente como a sua rotina diária. Seja compreensiva, o seu parceiro irá agradecer.

Defina objetivos

Infelizmente muitas mulheres já com 60 e 70 anos, confessam sentir-se frustradas com a sua vida de “casal reformado”. No momento de reforma dos seus respetivos maridos, a psicóloga e autora Roberta Taylor afirma que muitas destas mulheres acabam por assumir um excessivo papel de suporte emocional que acaba por consumir toda a sua existência.

A terapeuta aconselha que o casal tenha uma importante conversa relativamente ao que esperam concretizar nesta fase das suas vidas. “O que queremos fazer?”, “O que podemos finalmente fazer que antes não podíamos por falta de tempo?”, estão são apenas algumas questões que deverão analisar.

Eventualmente ao longo deste processo poderá ser importante contar com o apoio de um terapeuta profissional que ajude o casal a encontrar algumas destas respostas.

Seja paciente

Não deverá existir nenhuma pressão relativamente ao tempo que o casal defina para se habituar a este novo período nas suas vidas. Para alguns, o processo de encontrar uma “nova” normalidade pode demorar meses, e para outros poderá demorar anos.

Nos momentos iniciais poderá ser essencial ter alguma paciência e manter-se positivo, na expectativa de assegurar que ambos os membros do casal fiquem satisfeitos com a sua atual situação. No final de todo este processo, o importante será que encontrem felicidade no tempo (agora alargado) que terão para desfrutarem em conjunto.

 

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