A música tem uma longa tradição. Hoje em dia, basta apertar um botão e a música aparece. Mas houve tempos em que não era assim tão simples. E, no entanto, lá estava, e tocava quando tinha de tocar. O que é que têm de especial estas vibrações que as fazem tão importantes na vida de tantas pessoas? A resposta está nos recetores do cérebro, onde são interpretados ritmos pintados de notas musicais e que nós sentimos. Isto é música, uma conversa à distância na qual não são precisas palavras.
Por isso, pelo seu significado evolutivo e emocional, a Civitatis, empresa líder na venda de visitas guiadas, excursões e free tours em português em todo o mundo, preparou uma lista para que possa completar a sua viagem com música ao vivo.
Jazz Club Etoile, Paris
A fama de Paris como referência no mundo do jazz consolidou-se nos anos 50 graças às atuações dos músicos mais importantes que existiam na época, o que significou um enorme crescimento das casas especializadas neste género. É impossível escolher um único lugar nesta cidade para desfrutar da sua paixão pela música, mas talvez o melhor lugar para começar seja o Jazz Club Etoile, onde músicos como Cab Calloway ou BB King deixaram o seu eco a vibrar até hoje.
Arena di Verona, Verona
O oitavo maior anfiteatro do Império Romano, com capacidade para 30 000 espetadores, é o local perfeito para desfrutar de ópera ao vivo. Além disso, a sua oferta inclui balé e concertos de música clássica nas noites quentes de verão, altura em que se celebra o seu famoso festival anual de ópera. A desculpa perfeita para aproveitar este cantinho maravilhoso de Itália.
Green Mill, Chicago
Até Al Capone veio a esta discoteca situada no norte da Broadway de Chicago para se juntar aos milhões de espetadores que há mais de cem anos desfrutam da sua decoração, ao estilo Moulin Rouge, e da sua oferta baseada no melhor Bebop. O proprietário, Dave Jemilo’s, está empenhado em manter o espírito que atraiu figuras como Frank Sinatra para o interior deste espaço, história viva da música norte-americana.
Madison Square Garden, Nova Iorque
Tudo acontece em grande no Madison Square Garden: desde concertos até jogos dos New York Knicks e dos New York Rangers. Por alguma razão este é o quarto recinto musical que mais vende no mundo. Mas a sua importância não se deve apenas a essa posição no ranking mas também ao seu histórico. Já passaram por este palco milhares de celebridades: Elvis Presley, Madonna, U2 e até os quatro Beatles (mas em separado). Uma curiosidade: a penúltima atuação de John Lennon foi aqui, quando subiu ao palco junto com Elton John em novembro de 1974 como convidado surpresa. Um lugar com muito passado e que, sem dúvida, tem muito futuro.
Ópera de Sydney, Sydney
O arquiteto Jørn Utzon realizou um estudo aprofundado da zona para criar um edifício que fosse capaz de se integrar organicamente e com um aspeto que lembrasse as velas dos navios do porto. Dado o sucesso da Sydney Opera House, Património da Humanidade desde 2007, é óbvio que as coisas correram bem. Um espaço onde o design mais espetacular se conjuga com a acústica para oferecer as melhores árias e concertos do mundo. É uma paragem obrigatória para todos os viajantes amantes da música.
The Royal Albert Hall, Londres
Foram precisos 6 milhões de tijolos vermelhos, 80 000 blocos de terracota e a maior cúpula de ferro forjado do mundo (na época) para erguer este edifício de inspiração italiana, inaugurado pela Rainha Vitória em 1871. Costuma-se achar que o Royal Albert Hall é circular, mas na verdade tem forma oval. Este design diferente parece ser o motivo pelo qual foi poupado aos bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, já que os pilotos alemães usaram-no como ponto de referência. O Cirque du Soleil já se apresentou várias vezes no Royal Albert Hall, assim como as melhores bandas e solistas da história: The Beatles, Frank Sinatra e Liza Minelli. Um autêntico templo à música no coração do Reino Unido.
Blue Note, Nova Iorque
Não importa que Nova Orleães seja o lugar onde tudo começou. Atualmente, o Blue Note de Nova Iorque é a grande referência mundial do género, gabando-se de ser “a capital internacional do jazz”. É possível que haja um pouco de marketing nesta frase, assim como muita vaidade, mas é verdade que os maiores génios da cena atual fazem fila no Blue Note para surpreender o público nova-iorquino todas as noites.
Cotton Club, Tóquio
Nomes como Herbie Hancock mostraram o seu talento nesta casa nipónica, juntando-se à longa lista de estabelecimentos que compõem o roteiro musical de Tóquio. Se estiver cheio, o Blue Note de Tóquio é outra ótima opção, assim como as casas de espetáculos localizadas em Shinjuku, onde tanto profissionais como amadores se juntam para criar algumas das melhores jams do mundo.
La Zorra y el Cuervo, Havana
A música é apenas mais um componente do ADN de quem vive em Havana, onde os melhores músicos cubanos acabaram por criar o subgénero que mudou tudo na ilha: o Latin Jazz. São muitos os sítios em que o viajante pode desfrutar desta joia musical. No entanto, La Zorra y el Cuervo talvez seja o melhor (e o mais concorrido) de todos devido à sua proximidade e ao amor pela música que se respira todas as noites em palco.
Ronnie Scott’s Jazz Club, Londres
Para os viajantes que desejam assistir a um espetáculo ao vivo no Ronnies Scott, o melhor é planear tudo com antecedência, já que os bilhetes esgotam em questão de minutos. Este estabelecimento de Londres é um ícone graças à quantidade de novos talentos que descobre anualmente e ao impressionante currículo histórico de gravações de autores como Ella Fitzgerald e Jaimie Cullum. Caso não tenha tido sorte em encontrar bilhetes, sempre pode tentar ir ao Jazz Cafe de Camden. Esperam-lhe aí horas de diversão assegurada com um selo de qualidade londrina.