O templo isolado de Kokusekiji, numa floresta de cedros na região de Iwate, recebeu no sábado à noite, pela última vez, este ritual anual popular, com mais de mil anos, de acordo com a lenda, disse o jornal japonês Asahi Shimbun.
A organização do evento, que atraía todos os anos centenas de participantes e milhares de turistas, tornou-se demasiado pesada para os monges e os fiéis, cada vez mais envelhecidos, de Oshu.
“É extremamente difícil organizar um festival desta dimensão”, explicou o monge Daigo Fujinami, em frente do templo inaugurado em 729, indicando a falta de participação de jovens.
Considerado um dos mais estranhos do Japão, o festival “Sominsai” é a última vítima da crise demográfica que atinge duramente as comunidades rurais.
O Japão assiste ao envelhecimento da população a um ritmo mais rápido do que em outros países, com um terço dos habitantes com 65 anos ou mais. Um grande número de escolas, lojas e serviços de transportes foram obrigados a fechar, sobretudo nas aldeias e vilas.
Alguns destes festivais adaptaram-se para continuar a existir, permitindo, por exemplo, a participação de mulheres em cerimónias outrora reservadas aos homens.
Lusa