No final da década de 1990, a Sony lançou as primeiras câmaras que conseguiam filmar no escuro: tinham uma função, batizada de NightShot, que captava luz infravermelha. A novidade fez sucesso, mas trouxe uma descoberta perturbadora. Se o recurso NightShot fosse ativado durante o dia as filmagens revelavam os contornos dos corpos das pessoas filmadas.
Em 2020, o Comitê Olímpico Japonês arranjou uma solução, depois de algumas atletas afirmarem ter visto imagens dos seus corpos, captadas por infravermelho, a circular nas redes sociais. No Japão, alguns eventos desportivos chegaram a proibir o uso de câmaras pela plateia
Mas, agora, há uma solução tecnológica. A fabricante de equipamentos desportivos Mizuno criou um tecido especial, que está a ser usado nos uniformes das atletas japonesas durante os Jogos de Paris, e que é capaz de absorver a radiação infravermelha, impedindo a captura de imagens indevidas
O tecido, cuja composição não foi revelada, foi desenvolvido em parceria com a multinacional química Sumitomo e e a empresa japonesa Kyodo Printing. Ele está a ser usado nos fatos mais justos ao corpo e por isso vulneráveis à captação de infravermelho, como os utilizados no vólei e na ginástica olímpica.