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Opinião: «Laços que se criam: Dia Internacional da Família à luz da psicologia», Joana Rogeiro Nina, psicóloga clínica

Artigo de opinião de Joana Rogeiro Nina, psicóloga clínica do Coletivo Transformar

O Dia Internacional da Família, celebrado anualmente a 15 de maio, transcende a mera efeméride no calendário. Ele convida-nos a uma reflexão profunda sobre a unidade fundamental da sociedade e, crucialmente, sobre as intrincadas dinâmicas psicológicas que moldam o bem-estar individual e coletivo dentro do seio familiar. Sob a perspetiva da psicologia, este dia torna-se uma oportunidade para analisar as forças poderosas que atuam nas relações familiares, influenciando o nosso desenvolvimento, a nossa saúde mental e a nossa capacidade de navegar no mundo.

Uma das forças primordiais que a psicologia destaca é a do apego. Desde os primeiros momentos de vida, a qualidade das ligações que estabelecemos com os nossos cuidadores primários moldam a nossa capacidade de formar relacionamentos seguros e saudáveis ao longo da vida. Um apego seguro, caracterizado pela sensibilidade e responsividade dos pais às necessidades da criança, promove a confiança, a autonomia e a resiliência emocional. Em contraste, padrões de apego inseguro podem gerar ansiedade, evitação e dificuldades interpessoais que se estendem para além do contexto familiar.

Intimamente ligada ao apego está a força da comunicação. A forma como os membros da família interagem, expressam as suas necessidades e emoções, e resolvem conflitos têm um impacto significativo na dinâmica familiar. Uma comunicação aberta, honesta e empática fortalece os laços, promove a compreensão mútua e facilita a resolução de problemas. Por outro lado, padrões de comunicação disfuncionais, marcados pela agressividade, passividade ou evitação, podem gerar ressentimento, isolamento e deteriorar a saúde mental dos indivíduos.

A estrutura familiar e os papeis desempenhados por cada membro também exercem uma influência considerável. A forma como o poder é distribuído, as regras estabelecidas e as expectativas definidas moldam o desenvolvimento da identidade individual e a dinâmica das relações. Famílias com estruturas flexíveis e papeis bem definidos, mas adaptáveis às necessidades individuais, tendem a promover um maior bem-estar psicológico. Em contrapartida, estruturas rígidas ou caóticas, com papeis ambíguos ou sobrecarregados, podem gerar stress e conflitos.

Não podemos ignorar a força das crenças e valores familiares. Os sistemas de crenças partilhados sobre o mundo, sobre as relações e sobre o que é importante na vida influenciam as decisões, os comportamentos e as expectativas dentro da família. Estes valores, transmitidos de geração em geração, moldam a identidade familiar e o sentido de pertença. A coexistência de diferentes valores dentro da família pode ser enriquecedora, mas também pode gerar tensões se não houver espaço para o diálogo e o respeito mútuo.

Por fim, a psicologia reconhece a poderosa influência do contexto social e cultural na dinâmica familiar. As normas sociais, as expectativas culturais e os sistemas de apoio externos (como a rede de amigos, a comunidade e os serviços sociais) moldam a forma como as famílias funcionam e enfrentam desafios. O isolamento social, a discriminação ou a falta de recursos podem exercer uma pressão significativa sobre as famílias, afetando o seu bem-estar psicológico.

Neste Dia Internacional da Família, a perspetiva psicológica convida-nos a olhar para além das celebrações superficiais e a reconhecer a complexidade e a profundidade das forças que moldam as nossas famílias. Compreender o papel do apego, da comunicação, da estrutura, das crenças e do contexto social é fundamental para promover relações familiares saudáveis e para nutrir o bem-estar psicológico de todos os seus membros. Ao reconhecermos estas dinâmicas, podemos trabalhar para fortalecer os laços que nos unem, construindo famílias mais resilientes, empáticas e emocionalmente nutritivas.

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