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Prémio Médicis entregue a Julia Deck pelo seu romance autobiográfico “Ann d’Angleterre”

O romance “Ann d’Angleterre”, da escritora francesa Julia Deck, venceu o Prémio Médicis, uma obra autobiográfica dedicada à mãe, anunciou hoje o júri, no restaurante La Méditerranée, em Paris.

6 Novembro 2024
Forever Young com Lusa

Julia Deck, de 50 anos, venceu na terceira volta, por cinco votos contra quatro, que recaíram sobre “Paris, musée du XXIᵉ siècle”, de Thomas Clerc, segundo a imprensa francesa.

O romance vencedor propõe-se reconstruir os laços entre uma mãe britânica brilhante e ousada e a sua única filha, uma mulher autodeclarada depressiva e sombria, prejudicada pelo divórcio dos pais.

A autora manifestou-se “muito emocionada”, enquanto o seu editor, da Seuil, Mathieu Larnody, confessou que o prémio lhes dá “muita emoção e prazer”.

“É um livro muito importante na trajetória da Julia, que marca um desvio para a autobiografia, motivado por uma história pessoal densa, intensa e pesada. É também uma pessoa cujo trabalho sigo desde o seu primeiro livro, pelo que é um grande prazer poder acompanhar esta obra”, afirmou, citado pela publicação LivresHebdo.

Com esta distinção, Julia Deck é a primeira autora da temporada literária de 2024 a ganhar um grande prémio de outono, depois de terem sido conhecidos os vencedores do Goncourt (Kamel Daoud, com “Houris”) e do Femina, (Miguel Bonnefoy, com “Le rêve du Jaguar”).

“Ann d’Angleterre” é o sétimo romance de Julia Deck, que, marcada pelo acidente vascular cerebral de sua mãe no verão de 2022, decidiu contar a história desta mulher inglesa oriunda da classe trabalhadora, apaixonada pela literatura e que acabou por subir na hierarquia social para se estabelecer em França.

A meio da sua história, a autora percebe uma estranheza e suspeita que a mãe lhe tenha escondido alguns segredos de família.

O Prémio Médicis para romance estrangeiro foi para Eduardo Halfon, por “Tarentule”, enquanto Reiner Stach ganhou o prémio de ensaio por “Kafka, Les années de jeunesse (volume 3)”.

Nenhum dos livros vencedores está publicado em Portugal, embora o escritor guatemalteco Eduardo Halfon esteja editado no país, com “O anjo literário” (Cavalo de Ferro), “Luto” e “Canción” (ambos na Dom Quixote).

No ano passado, o Prémio Médicis Étranger foi para a escritora portuguesa Lídia Jorge, com “Misericórdia”, que venceu ex-aequo com “Impossibles Adieux”, da sul-coreana Han Kang, este ano galardoada com o Prémio Nobel da Literatura.

O vencedor do Prémio Médicis de Ensaio em 2023 foi Laure Murat pela obra “Proust, roman familial” (“Proust, um romance familiar”), ao passo que o prémio Médicis da Francofonia distinguiu o canadiano Kevin Lambert, com “Que notre joie remaine” (“Que a Nossa Alegria Permaneça”).

AL (NL) // MAG

Lusa/Fim

 

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