No último ano, a instituição registou um aumento de 80% no número de pessoas apoiadas – 69% eram homens.
Recorrendo a uma imagem de tendas numa rua e com a mensagem forte “Quando os festivais acabam, nem todos deixam o acampamento”, a campanha mostra o contraste entre quem pode escolher acampar e usufruir dos festivais de verão e quem o faz todo o ano devido ao agravamento da sua situação social e condições de vida.
Além de chamar a atenção para esta realidade crítica, esta campanha de sensibilização procura igualmente robustecer a capacidade de resposta da Cruz Vermelha Portuguesa que, em 10 estruturas locais, apoiou perto de 2 mil pessoas em 2023.
“O aumento no número de pessoas em situação de sem-abrigo apoiadas pela Cruz Vermelha Portuguesa demonstra que esta é uma realidade que está a crescer nas ruas do nosso país, nomeadamente com os custos com habitação e outras despesas. Só com o incremento da capacidade de resposta conseguiremos acolher e ajudar a autonomizar e reintegrar mais pessoas”, refere António Saraiva, Presidente Nacional da CVP.
A CVP presta apoio alimentar (através das suas cantinas sociais e distribuição na rua), acolhe em respostas de emergência social e promove a autonomia em apartamentos partilhados e no projeto Housing First.
A par destas respostas, a CVP realiza um acompanhamento psicossocial de proximidade, que procura contribuir para o acesso das pessoas em situação de sem-abrigo a serviços e recursos locais, como a saúde, e oferece um conjunto de respostas técnicas integradas que pretendem contribuir para o desenvolvimento de competências que promovem a autonomização pessoal e a integração social.
É possível saber mais sobre estes projetos da CVP e contribuir nesta página.
Com criatividade da COMON, a campanha estará presente nas cidades através de uma rede de mupis, publicidade digital e também anúncios de imprensa.
“O choque de realidades serve como pano de fundo para uma mensagem poderosa: da comunidade de pessoas em situação de sem-abrigo à comunidade festivaleira vai uma longa distância e é importante não passar ao lado desta situação cada vez mais alarmante”, refere Ricardo Lourenço, Diretor Criativo da COMON.