Cinco lições financeiras que aprendemos com as nossas mães

Não interessa se, em algum momento, possam ter sido um tanto consumistas ou, pelo contrário, completas “caça-descontos”, o que importa é que sempre nos incutiram valores e formas de evitar problemas.

Para além de cuidar, alimentar e, acima de tudo, educar-nos, as mães também nos transmitem as primeiras lições financeiras. É, de facto, espantoso ver a forma como gerem todo o orçamento mensal (não vale a pena os homens negarem) para satisfazer todas as necessidades (e alguns caprichos) de cada um dos elementos da família.

Não interessa se, em algum momento, possam ter sido um tanto consumistas ou, pelo contrário, completas “caça-descontos”, o que importa é que sempre nos incutiram valores e formas de evitar problemas.

A pensar nas “mães” portuguesas, reunimos alguns dos conselhos que nos foram dando ao longo da nossa aprendizagem:

1. Colocar o dinheiro num mealheiro

Caso encontrássemos dinheiro perdido, já sabíamos que nos iria ser dito para colocar no mealheiro. Mesmo que não fosse muito e que demorasse imenso tempo a encher, ao longo dos tempos permitir-nos-ia conseguir um valor considerável (fazendo com que nos sentíssemos orgulhosos – quase “ricos”! – ao sentir o peso do dinheiro amealhado). Agora é certo e sabido que, apesar das dicas terem dado jeito, já sabe como poupar dinheiro.

2. Comprar o estritamente necessário

Não se trata propriamente de não conseguir resistir a todos os impulsos ou meros desejos que possam ocorrer em determinado estabelecimento, mas sim saber ceder apenas àqueles que sabemos virem a ser essenciais e úteis a longo prazo.

É importante saber aquilo que de facto precisamos (levar uma lista de compras é um excelente método de controlar alguns gastos), assim como poupar no que é indispensável ou até mesmo fútil.

3. Apreciar o dinheiro pelo facto de ter sido merecido

Certamente que o primeiro impulso que tinha quando recebia o dinheiro era ir à loja mais próxima e gastá-lo em chocolates, gomas e outras coisas totalmente frugais que apenas lhe davam satisfação momentânea.

Da mesma forma, quando era pequeno(a) estava sempre a pedir coisas apenas porque sim e lhe apetecia. Ao agir assim, apenas demonstrava a falta de consciência de qual era a proveniência do dinheiro e o que era necessário fazer para o obter (até que se chegava àquele ponto em que a sua mãe poderia questionar “acham que o dinheiro cai das árvores?”

4. Esticar o dinheiro com lições financeiras

Alguma vez fez contas ao dinheiro que a sua mãe recebia e a forma como ela o administrava de forma a cobrir todos os gastos de casa? É surpreendente pensar, agora, como é que conseguia comprar tantas coisas, pagar tantas contas e ainda por cima conseguir fazer as suas poupanças… e isto mesmo não recebendo uma fortuna!

As mães sempre nos ensinaram que o dinheiro devidamente canalizado tem tendência a aumentar. Para isso é apenas necessário tomar decisões conscientes face à forma de gerir o dinheiro. Será que estes conselhos iriam funcionar para ai?

5. Dar um segundo ar às coisas

Quem teve irmãos ou primos mais velhos experienciou certamente que algumas vezes, para poupar dinheiro, foi necessário que os livros ou as roupas fossem emprestadas, não só porque o dinheiro na altura poderia não ser muito, mas também devido ao facto de as coisas, nomeadamente a roupa, poder ser reaproveitada se estivesse em bom estado.

As mães têm sempre razão, sejam elas muito, pouco ou nada “mães-galinhas”, querendo apenas o nosso bem.

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