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Dia Europeu Sem Mortes na Estrada: conheça os conselhos para reduzir o risco de atropelamento

Assimile cada um e passe-os aos seus familiares, sobretudo aos mais velhos e às crianças.

26 Setembro 2023
Sandra M. Pinto

Caminhar é a forma mais básica, barata e ecológica de transporte humano. O Dia Europeu Sem Mortes na Estrada, que se celebra a 26 de setembro, realça a importância da redução da sinistralidade através de uma condução consciente e preventiva, que defenda condutores e peões.

Segundo o recente Relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária referente a 2022[1], Portugal Continental registou, no ano passado, um total de 32.788 acidentes, dos quais resultaram 462 vítimas mortais, sendo 15,2% peões. Estes números revelam um claro aumento face a 2021, com mais 37,3% de vítimas mortais por atropelamento. Estes números colocam Portugal como o país da Europa Ocidental com mais mortes de peões.

Há vários motivos para estas altas taxas de fatalidade, mas, acima de tudo, não só é necessário cumprir as regras de trânsito estabelecidas, como também é essencial apostar na prevenção, respeitando os direitos e espaços de cada um na via pública.

Mundo Z da Zurich destaca uma série de conselhos práticos que podem fazer a diferença, a bem da segurança de todos.

  • Caminhar sempre pelos passeios ou, na sua ausência, pelas bermas. Excecionalmente, os peões poderão circular na faixa de rodagem em três situações: quando transportam objetos que, pelas suas dimensões ou natureza, possam constituir perigo para o trânsito de outros peões; quando circulam em cortejo ou formação organizada sob a orientação de um monitor; quando a circulação de peões está proibida nas vias públicas.
  • Sempre que os peões circularem nas bermas é aconselhável fazê-lo pela berma do lado esquerdo da faixa de rodagem, no sentido contrário ao dos veículos.
  • Atravessar nas passagens para peões, sempre que existam. Circular a direito, depressa, mas sem correr.
  • Não surpreender os condutores nem se deixar surpreender por eles.
  • Ver e ser visto. Sempre que possível estabelecer contacto visual com os condutores para ter a certeza que se é visto.
  • Evitar atravessar por entre veículos estacionados, pois o condutor pode não se aperceber do peão e o campo visual do peão ficar limitado pelos veículos estacionados. Esta situação agrava-se quando o peão é uma criança, pela sua pequena estatura.
  • Evitar atravessar pela frente de um autocarro que se encontre parado na paragem. Podem existir outros veículos a circular que, neste caso, não estão visíveis e os condutores podem não se aperceber da presença do peão.
  • Dentro das localidades, ter em atenção a existência de oficinas e garagens, uma vez que são locais onde, a qualquer momento, pode ocorrer a entrada ou saída de veículos.
  • Evitar passear animais soltos, que podem incomodar os outros utentes ou fugir para a faixa de rodagem, correndo o risco de serem atropelados e/ou provocarem um acidente.
  • No caso de haver semáforos, deve passar só quando o semáforo exibir a silhueta do peão verde e fixo. Se o peão verde estiver intermitente é indício de que vai passar para vermelho e não é aconselhável atravessar.
  • Ao atravessar entroncamentos e cruzamentos, ter especial atenção aos veículos que mudam de direção, pois nem sempre os seus condutores manifestam essa intenção, através da sinalização adequada. Quando o fazem, muitas vezes não estão atentos aos peões que se encontram a atravessar a faixa de rodagem para onde pretendem virar.
  • Evitar atravessar nas curvas ou em lugares onde existam árvores, edifícios ou outros obstáculos que impeçam que o peão veja os veículos que se aproximam e que os condutores se apercebam da presença do peão.
  • Sempre que um adulto circule com uma criança, deve dar-lhe a mão e levá-la pela parte interior do passeio ou da berma, evitando circular pelo lado da faixa de rodagem.

As estatísticas revelam a elevada necessidade de mitigar estes riscos nas nossas ruas e cidades. Felizmente, a atenção ao cumprimento das regras de trânsito e os cuidados redobrados por parte de peões e condutores podem ser determinantes para contrariar esta tendência.

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