Com os mais recentes relatos de desaparecimento de pessoas idosas ou dependentes, a preocupação com o seu bem-estar tem aumentado entre os cuidadores e entidades competentes, seja no seu acompanhamento em ambiente hospitalar, seja no seu dia-a-dia.
Com o tempo a estabilizar e o aumento das temperaturas que se esperam para o verão, é natural que as pessoas comecem a usufruir ainda mais do tempo ao ar livre e a realizar atividades fora de casa. Naturalmente, os maiores de 65 anos, muitos deles já reformados, são quem mais disfruta do tempo fora de casa.
O aumento de atividades ao ar livre, para além de ser muito benéfico para a saúde física e mental deste grupo, tem uma parte menos positiva que é o desaparecimento de pessoas idosas ou dependentes, que podem aumentar nos meses mais quentes, por desorientação ou episódios de mal estar.
Em Portugal urgem as autoridades para a criação de um Centro Nacional para Pessoas desaparecidas, com acontece em Espanha, de forma a encontrar respostas mais rápidas para ajudar estas pessoas e os seus cuidadores e familiares, mas enquanto tal não acontece, a tecnologia pode ser uma ferramenta importantíssima para garantir a segurança deste grupo.
Para prevenir estas situações, cada vez mais cuidadores procuram dispositivos com GPS para saberem do paradeiro dos seus familiares. Como explica Jorge Álvarez, CEO da SaveFamily, «a procura por relógios com GPS e botão de SOS aumenta com a mudança de horário de verão para alcançar o seu pico nos meses mais quentes, quando o bom tempo leva as pessoas a passarem mais tempo fora de casa, mas também quando episódios de golpes de calor podem ser mais comuns”. Outra razão é também a deslocação das famílias para lugares de férias, locais desconhecidos e que podem criar também momentos de desorientação.
O perfil do utilizador tipo de smartwatches com GPS são pessoas idosas ou dependentes que vivem sozinhos ou passam grande parte dos dias sozinhos e têm autonomia suficiente para saírem de casa ou viverem sozinhas sem grandes dificuldades. “Para os cuidadores, sejam os filhos ou outros parentes e amigos, e inclusive instituições que se encarregam de velar pela segurança dos utilizadores, é muito reconfortante saber que essa pessoa está localizável a qualquer momento e que o relógio controla alguns dos seus parâmetros vitais como o pulso, a pressão arterial ou o nível de oxigénio no sangue”, adiciona Jorge Álvarez.
Este tipo de dispositivos inclui, além de chamadas e videochamadas, um botão de SOS e um aviso de quedas. “O objetivo é melhorar a autonomia e a segurança no quotidiano das pessoas idosas enquanto se favorece a conciliação da vida profissional e pessoal dos cuidadores”, conclui Álvarez.