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Autoridades de saúde esclarecem: «casos de hMPV são bastante raros em Portugal»

As autoridades portuguesas esclareceram que o metapneumovírus (hMPV), que regista um surto no norte da China, é habitual no inverno e que os casos em Portugal são “bastante raros”.

7 Janeiro 2025
Forever Young com Lusa

“Os casos têm sido bastante raros, até ao momento. Não parece ser o vírus predominantemente associado a algumas infeções respiratórias que estamos a ver”, disse à agência Lusa a investigadora do INSA Raquel Guiomar.

Segundo a especialista, Portugal não está, neste momento, “numa situação que se assemelhe àquilo que está a ser reportado, nomeadamente pelos meios de comunicação social da China, que estão a ver um aumento de casos em crianças”.

A responsável pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, do INSA, lembrou que o hMPV foi detetado em 2001 e “circula muito à semelhança do vírus da gripe”, afetando “especialmente as crianças”.

“Pensa-se que todas as crianças, até aos 5 anos, tenham contacto com este vírus, e que ocorra a primeira infeção, mas à semelhança de outros vírus respiratórios, quer as crianças, quer os adultos, podem ser reinfetados durante o decurso da vida, toda a vida adulta”, salientou.

À Lusa, Raquel Guiomar explicou que os sintomas são muito semelhantes aos da gripe, podendo, em algumas vezes, estar também associados a sintomas gastrointestinais, dor abdominal ou diarreia.

“A sintomatologia normalmente resolve-se por si só, mas pode ser mais grave. (…) O vírus pode também estar associado a infeção respiratória mais grave nos grupos de risco, nomeadamente em crianças ou em adultos com doenças crónicas, ou com doenças que impliquem alguma diminuição da imunidade, nos imunocomprometidos, ou ainda nas pessoas mais velhas, com idade acima dos 65 anos”, sustentou.

A responsável pelo laboratório, que desde 1953 integra as redes de vigilância da gripe da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, recordou ainda que não há vacina para prevenir a transmissão de hMPV, indicando que devem ser usadas as mesmas medidas de prevenção da pandemia de covid-19.

“Termos uma boa higiene das mãos, usar máscara se tivermos sintomas ou evitar estar em aglomerados quando sabemos que estamos doentes e temos sintomatologia respiratória, porque a transmissão faz-se da mesma forma que a gripe, que o vírus SARS-CoV-2 [vírus responsável pela covid-19]”, disse.

O hMPV propaga-se “através dos aerossóis respiratórios [partículas de saliva] ou de secreções respiratórias”.

De acordo com o último relatório de Vigilância Epidemiológica da Gripe do INSA, foi apenas detetado um caso no país desde outubro.

Numa resposta escrita enviada à Lusa, a DGS avançou que “até à data, não há indicação de expressão do vírus hMPV em Portugal, apenas a deteção, pontual, de uma amostra na rede de vigilância laboratorial dos vírus respiratórios”.

“O vírus hMPV é habitual, circulando nas épocas de inverno em ambos os hemisférios, causando constipações habitualmente sem especial gravidade. A sua expressão atual surge no contexto de outros vírus que não circularam entre a população durante a pandemia”, precisa.

A DGS lembra que se mantém “atenta sobre a vigilância habitual de vírus respiratórios”, indicando a etiqueta respiratória, a higienização das mãos, e a utilização adequada de máscara para quem apresenta sintomas respiratórios, bem como a utilização da Linha SNS24 como ponto de contacto inicial em caso de sintomas respiratórios, como medidas de prevenção efetivas, não prevendo quaisquer outras medidas específicas.

O Centro de Controle de Doenças da China alertou a população sobre a importância de adotar medidas de saúde e higiene após as autoridades registarem um aumento dos casos de hMPV no norte da China, especialmente entre crianças.

A autoridade de saúde chinesa rebateu também o que chamou de rumores publicados na Internet sobre hospitais lotados e descartou temores de uma nova pandemia.

NR/HN/Lusa

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