O termo cancro do ovário aplica-se a um grupo biologicamente e morfologicamente diverso de neoplasias malignas (tumores) que afetam o ovário. Sendo certo que a origem destes tumores é algo controversa, ao longo dos anos várias0 propostas têm surgido.
Nos EUA esta é a quinta causa de morte mais frequente associada a um cancro. Já em Portugal estima-se que todos os anos sejam diagnosticados cerca de 600 novos casos.
Ao contrário do que acontece com outros tipos de cancros, que permitem um diagnóstico em fase inicial, o cancro do ovário constitui uma doença silenciosa, só dando sintomas em fases mais avançadas.
O diagnóstico do cancro do ovário não é fácil, pelo que na maioria dos casos, quando o problema é descoberto, o grau de compromisso do organismo é já bastante elevado, o que condiciona a possibilidade do tratamento.
Eis alguns dos sintomas iniciais que podem estar associados a esta doença, sobretudo se persistirem de forma consistente durante mais de 2 semanas.
- Dor ou pressão na pélvis
- Sangramento vaginal inesperado
- Dor nas costas ou abdômen
- Inchaço
- Sensação de saciedade exagerada
- Alterações dos padrões urinários ou dos hábitos intestinais
5 principais fatores de risco
O cancro do ovário desenvolve-se sempre que as células nesta região do corpo se dividem e multiplicam de uma forma incontrolada. Sendo certo que a causa exata para este problema continua a ser uma incógnita, muitos especialistas identificaram já um conjunto de fatores de risco que mais podem contribuir para o desenvolver destes tumores.
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Historial familiar
Ter na família um ou mais casos de cancro de ovário ou mama é considerado um dos principais fatores de risco, aumentando consideravelmente a probabilidade do desenvolver de um problema semelhante.
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Idade
Cerca de 50% dos casos de cancro no ovário ocorrem em pacientes com mais de 63 anos.
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Historial reprodutivo
Ter filhos parece estar associado a uma diminuição do risco de cancro no ovário. A amamentação é igualmente algo que parece ajudar a diminuir a prevalência deste problema médico. Por outro lado, ter filhos depois dos 35 anos ou nunca ser mãe é algo que está associado a um risco maior.
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Terapia de reposição hormonal
Os tratamentos hormonais seguidos após a menopausa, com o objetivo de aliviar alguns dos sintomas típicos desta fase da vida da mulher, parecem contribuir para um risco maior de cancro do ovário. Quanto mais tempo a mulher seguir este tipo de tratamentos de reposição hormonal maior será o risco de se desenvolver um tumor.
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Obesidade e excesso de peso
O cancro do ovário é consideravelmente mais comum em mulheres como índice de massa corporal superior a 30.