A Falua, filial portuguesa do Grupo Roullier para a actividade vitivinícola, acaba de adquirir a Quinta do Mourão, em Cambres – Lamego, numa aquisição que sucede a da Quinta de São José, recentemente adquirida também no Douro. Com esta expansão, a Falua totaliza cerca de 100 hectares no Alto Douro Vinhateiro e reforça o posicionamento no sector do vinho em Portugal, com operação em três regiões demarcadas.
A Quinta do Mourão tem uma história secular que está intimamente ligada à história do vinho do Porto, sendo já representada em 1843 no “Map of the Douro” de Joseph James Forrester, Barão de Forrester. Com 77 hectares, dos quais 50 hectares são de vinha – alguns deles de vinhas velhas -, a Quinta do Mourão produz vinhos tranquilos de grande qualidade, mas é nos vinhos do Porto que verdadeiramente se destaca, tendo um valioso stock de vinhos do Porto antigos. O impressionante portfólio, em Portos Brancos e Tawny, abrange vinhos dos 10 aos raríssimos 150 anos, todos com uma elegância surpreendente, uma concentração desconcertante e um poder histórico de terroir e qualidade inigualáveis.
A propriedade principal – que dá o nome ao conjunto – com a frente de rio, é uma ilustração do Douro autêntico e de toda a sua beleza.
A Quinta da Poisa, integrada na propriedade, apresenta 15 hectares de vinha plantada, dos quais 7 são vinhas com mais de 50 anos, representando ainda a herança de outros séculos com vestígios romanos de elevado valor patrimonial: nas Ruínas Romanas do Alto da Fonte do Milho encontram-se algumas dependências originalmente vocacionadas para a actividade agrícola, entre as quais se destaca um lagar – ou torcularium – de vinho e de azeite, a atestar a importância que o cultivo e a produção vinícola alcançaram naquela zona já no início do primeiro milénio.