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Hipnose. 10 mitos curiosos (e errados) sobre esta prática que deve esquecer

Um recente artigo questiona a veracidade de muitas das ideias pré-concebidas associadas a este tema.

4 Fevereiro 2021
Forever Young

A hipnose continua a ser uma prática envolta num enorme mistério. A forma como os filmes e como as séries televisivas retratam este tema apenas contribuí ainda mais para a desconfiança associada a este tema.

Muitas destas histórias sugerem que a hipnose é capaz de fazer os sujeitos perderem por completo o controlo e fomentar certos comportamentos indevidos. Já outro tipo de ficção retrata a hipnose como a solução ideal para a perda de peso, para um melhor sono, uma maior autoconfiança, etc.

Dada a confusão em torno deste tema, não é assim de estranhar que muitas pessoas tenham receio de experimentar técnicas de hipnose. Neste sentido um recente artigo publicado na revista Applied Cognitive Psychology procurou sinalizar alguns dos principais mitos associados à hipnose.

 

  1. A hipnose é completamente inútil

A hipnose pode não ser útil para todo o tipo de pessoa, nem certamente uma solução milagrosa, no entanto existem inúmeras evidências que apontam para os seus benefícios. Nomeadamente no tratamento de diversos problemas médicos, como a dor, depressão, ansiedade, síndrome de cólon irritável e obesidade.

 

  1. É um tipo de tratamento isolado

Esta é uma técnica que deve fazer parte de um tratamento mais holístico que envolva outros tipos de soluções. A hipnose pode ser algo complementar a uma terapia cognitiva-comportamental ou até a algum tipo de medicação.

 

  1. Ou se é completamente hipnotizado ou não funciona de todo

Muitos acreditam que as respostas positivas às sugestões hipnóticas significam que o individuo se encontra num estado de transe total que irá promover um conjunto de efeitos positivos. Isso não é de todo verdade. Alguns indivíduos podem responder bem a certos estímulos e ignorar por completo outros.

 

  1. As pessoas entram num transe total

As pessoas têm algum receio deste tipo de estado de transe muitas vezes associado à hipnose. Existem algumas pessoas que acreditam até que certos sujeitos nem necessitam de grandes sugestões hipnóticas para perder por completo o controlo. A verdade é que esta prática envolve também uma participação consciente do paciente.

 

  1. O sujeito precisa de forçar ou falsear as suas respostas

Sendo certo que é fundamental que um individuo se encontre predispostos e interessados em seguir as sugestões hipnóticas, isso não significa que ele tenha que forçar qualquer tipo de resposta. De resto, uma visualização da atividade cerebral permite confirmar a forma como durante a hipnose são ativadas zonas do cérebro associadas a alucinações visuais, comprovando que as respostas mais subconscientes são também verdadeiras.

 

  1. Os hipnotizadores precisam de ter uma aptidão incrível

Muitos associam a ideia de um hipnotizador a uma espécie de mágico ou feiticeiro capaz de induzir qualquer pessoa num estado de transe. Na verdade, este tipo de prática exige apenas alguém capaz de seguir e conduzir um procedimento, seguindo um conjunto de regras e técnicas sugestivas. Não é necessário nenhum tipo de poder ou aptidão especiais.

 

  1. A atenção periférica é reduzida drasticamente

A definição formal da Associação Americana de Psicólogos continua a perpetuar esta ideia ao referir que a hipnose se caracteriza como “um estado de consciência que envolve uma atenção focalizada e uma redução da atenção periférica, caracterizada por uma maior capacidade de responder a sugestões externas”. No entanto, não existem dados que comprovem que a atenção periférica seja de facto afetada.

 

  1. Os efeitos positivos da hipnose estão apenas associados ao relaxamento

Os efeitos da hipnose não parecem estar diretamente associados ao relaxamento. A verdade é que existem inclusive técnicas de hipnose que envolvem uma atividade física e ativa, pelo que nem sempre esta prática está associada a um estado de relaxamento.

 

  1. A hipnose é muito semelhante à meditação

É certo que podem existir algumas semelhanças, mas tratam-se de coisas fundamentalmente diferentes. A hipnose procura conduzir uma qualquer atividade mental espontânea numa direção sugerida. Já a meditação exige antes uma capacidade de observação de pensamentos e emoções espontâneas sem qualquer tipo de direcionamento ou julgamento.

 

  1. É impossível resistir à hipnose

Uma pessoa hipnotizada não funciona propriamente como um robot, tal como muitos filmes sugerem. Não irá fazer simplesmente tudo aquilo que o hipnotizador mandar. O sujeito terá que de forma voluntária se mostrar interessado em se sujeitar a este tipo de estado mental, confinado na pessoa que está a conduzir todo o processo.

 

 

 

 

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