O que tinham em comum Einstein, Da Vinci, e Picasso?

Todos eram disléxicos.

«A dislexia é uma disfunção neurológica, que se manifesta ao nível da dificuldade de aprendizagem da leitura, em pessoas com inteligência normal ou acima da média», refere a Associação Portuguesa de Dislexia.

Esta dificuldade crónica «não está relacionada com a qualidade do ensino, o nível intelectual, as oportunidades socioculturais, ou as alterações sensoriais. Tem uma base neurobiológica, com alterações na estrutura e funcionamento neurológico, e pode apresentar uma influência genética».

Quem sofre de dislexia «apresenta um esforço acrescido para distinguir letras, formar palavras e compreender o seu significado. Os alunos que têm estas dificuldades não são preguiçosos, pouco inteligentes imaturos, nem têm necessariamente problemas visuais ou de postura. Requerem um tratamento terapêutico intensivo e apoio no processo de ensino-aprendizagem, para que consigam ter sucesso», acrescenta a entidade.

Ainda que «esteja relacionada com a aprendizagem da leitura, a dislexia pode ter consequências noutras áreas académicas e a nível emocional e comportamental», referem, «é frequente a comorbidade com outras perturbações: perturbação específica da linguagem, discalculia, disortografia, descoordenação motora, défice de atenção com ou sem hiperatividade, alterações do comportamento, perturbação do humor, perturbação de oposição e desvalorização da autoestima».