Afinal de contas, a idade é apenas um número. Um dito popular que pode mostrar apenas a forma como quem diz valoriza a idade legal, presente nos dados oficiais da pessoa. Ainda assim, as idades estão associadas a diferentes direitos e privilégios, bem como a expectativas comportamentais. Por exemplo, espera-se que os idosos sejam frágeis e indefesos.
No entanto, um estudo recente mostrou que a maioria das pessoas tem a sua idade subjetiva – a forma como elas se sentem por dentro -, que pode ser muito diferente do número de anos vividos desde a data de nascimento. O autor do estudo denomina como a idade da personalidade individual, que varia para cada indivíduo. Como é comum um jovem sentir-se mais velho que a idade, também se pode verificar o oposto.
Algumas pesquisas anteriores sobre este conceito sugerem que as pessoas mais velhas precisam de ser saudáveis para se sentirem mais jovens. Porém, a investigação de Lisa Carver descobriu que «mesmo as pessoas com várias doenças podem sentir uma idade menor que a idade cronológica». Quase 60 por cento dos participantes vivem com uma dor regular. A maioria das pessoas disse sentir-se décadas mais jovem do que a idade cronológica, mesmo as que viviam fustigadas por doenças e apenas 8 por cento dos participantes sentem a mesma idade dentro de sua idade cronológica.
Para efeitos deste estudo, foram entrevistadas pessoas entre 65 e 90 anos dos Estados Unidos e do Canadá para descobrir a idade que sentiam por dentro. A sua média real de idades é de 72 anos, embora a média das idades subjetivas seja de 51 anos, com uma diferença média de cerca de duas décadas.