O excesso de exercício físico pode acelerar o processo de envelhecimento tanto ou mais do que o sedentarismo, revela a a médica Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), que levou a cabo um estudo recente sobre o tema.
O principal benefício do desporto acontece quando o sangue que “alimenta” os músculos em movimento, aumenta o seu fluxo, e consequentemente, o leva mais nutrientes e oxigénio para todos os tecidos, inclusive a pele, a qual fica mais hidratada.
Quando existe atividade em excesso, os músculos pedem mais fluxo de sangue e, durante esse processo, o organismo libera radicais livres, uma espécie de resíduo da queima de oxigénio que agride o ADN e acelera o envelhecimento. O número de radicais livres é muito maior do que o corpo é capaz de administrar, pelo que acabam por danificar as células.
Para se manter saudável basta ter uma rotina de exercícios moderada e constante.
Quem usa a estratégia de fazer jejuns e dietas de restrição calórica e, ao fim de semana abusa nos carboidratos e no açúcar refinado deve saber que nessa altura o corpo rapidamente entra em glicação: processo que causa o endurecimento das fibras de colágeno e elastina quando reagem com picos de açúcares.
Não adianta passar a semana a tentar corrigir o que se fez mal ao fim de semana.
Um estudo recente publicado no “American Journal of Public Health” mostrou que os telómeros, estruturas que ficam nas pontas dos cromossomas e que já foram previamente associadas à longevidade, desgastam-se e encurtam-se nesses picos inflamatórios, quando ingerimos uma dose extremamente alta de açúcar de uma só vez.