Existem algumas perguntas comuns a quase todas as entrevistas e, por isso, é uma oportunidade para que os candidatos vão mais bem preparados para este momento. Além de ter já uma resposta prevista – que deve ser sempre breve e direta – é bom estar preparado com exemplos.
“Fale-me sobre si”. Esta pergunta é feita geralmente para quebrar o gelo. É uma boa oportunidade para se destacar de outros candidatos, e fazer com que o entrevistador queira saber mais. É uma situação em que se pode partilhar algumas soft skills e, também, se pode explicar de que forma é que foram aplicadas as competências que a empresa procura nas diversas funções que já foram desempenhadas no passado.
“Quais foram as suas principais conquistas até hoje?”. É bom ter sempre uma ou duas conquistas recentes relacionadas com trabalho preparadas. Assim, identifica-se as skills que foram utilizadas nessas conquistas e quantifica-se o benefício que trouxe para a empresa.
“Está satisfeito/a com a sua carreira até o momento?”. Esta é uma questão muito relacionada com autoestima, confiança e com os objetivos de carreira. A resposta deve ser ‘sim’, seguida de uma breve explicação sobre o que até agora tem contribuído para a felicidade na vida profissional.
“O que sabe sobre a nossa empresa?”. O objetivo é perceber o quanto o candidato pesquisou sobre a empresa. Por isso, é importante ir além da página inicial do site. Procurar mais, para mostrar houve o cuidado de aprofundar o conhecimento sobre a empresa e respetiva área de atuação.
“O que gosta no seu trabalho atual?”. Deve garantir-se que as preferências correspondem às skills procuradas para o cargo em questão. Manter a conversa positiva, descrever o trabalho como interessante e diversificado, mas sem exageros.
“O que não gosta no seu trabalho atual?”. Não é preciso ser muito específico, para não chamar à atenção para fraquezas que podem trazer problemas futuros. Nunca criticar o empregador. Para responder, a melhor solução é escolher uma característica da empresa atual, por exemplo, processos de tomada de decisão lentos.
“Quais são as suas principais qualidades?”. Enumerar três ou quatro competências chave, tais como: a capacidade de aprender rapidamente, skills de resolução de problemas, determinação para ter sucesso, atitude positiva, etc. É, também, crucial estar preparado para dar exemplos.
“Qual é a sua maior fraqueza?”. O objetivo do recrutador é avaliar a autoconsciência, por isso dizer que “não existem” não é realista. Pode seguir-se um de dois caminhos: usar uma fraqueza confessada – por exemplo, a falta de experiência numa área que não seja vital para o cargo – ou descrever uma fraqueza pessoal ou profissional que também possa ser considerada uma qualidade. Neste último caso, o ideal é posicioná-la como uma “área de melhoria”, para demonstrar vontade de aprender e de melhorar.
“Porque quer deixar seu empregador atual?”. A resposta mais simples é explicar que se procura um novo desafio, mais responsabilidade, experiência e uma mudança de ambiente. Refletir sempre de forma positiva sobre o empregador atual é muito importante. A par disto, evitar citar o salário como o seu principal motivador.
“Porque se candidatou a este emprego em específico? Ou, por que deveríamos contratá-lo/a?”. O objetivo é encontrar evidências de que o emprego e o candidato combinam. Para isso, é importante haver uma boa compreensão do cargo e da organização, descrevendo os atributos da organização. Trata-se de uma oportunidade para fazer um resumo da experiência, em conjunto com as competências e paixão pelo trabalho e pela empresa.
“Conte-nos sobre um projeto em equipa de sucesso em que esteve envolvido. Qual foi o seu papel e o que o tornou um sucesso?”. Aqui, o recrutador está à procura de competências interpessoais. Pode começar-se pelos objetivos do projeto, passando pelas responsabilidades associadas e o que é que foi feito para ajudar a equipa. Por fim, descrever os resultados positivos.
“Quais são seus objetivos para o futuro?”. O recrutador está a tentar perceber qual é o sentido de propósito e quais as motivações do candidato. Em vez de dizer “quero trabalhar na sua empresa”, uma opção é mencionar que os objetivos são continuar a aprender, a crescer e a agregar valor.
“O que gosta de fazer nos tempos livres?”. Quem está a recrutar quer tentar perceber como é que o candidato se encaixaria na equipa. Mencionar hobbies que estejam alinhados com o cargo em causa é , portanto, crucial. Por exemplo, aprender um novo idioma, praticar desporto em equipa, mas evitando hobbies pós-trabalho, como assistir Netflix.
“Tem alguma pergunta para mim?”. A entrevista é a oportunidade de entender se o cargo e a empresa são adequados ao que o candidato procura. Uma possibilidade preparar as questões antes da entrevista. Por exemplo, quais são os KPIs, oportunidades de formação, progressão de carreira ou benefícios para os colaboradores.
Existem várias perguntas comuns em entrevistas e é essencial preparar as suas respostas com antecedência. Ao responder às perguntas, é importante ser objetivo e conciso, por outro lado, ao encontrar uma pergunta difícil, o importante é manter a calma, evitar ficar na defensiva e reservar um momento para pensar antes de responder. As sugestões de respostas são apenas orientações e é fundamental personalizá-las o máximo possível.