Cientistas de Barcelona criaram pequenos robots de 450 nanómetros com o objetivo de fornecer um solução terapêutica diretamente ao crescimento do tumor.
O cancro da bexiga é um dos tipos mais comuns de cancro nos homens e, embora tenha uma baixa taxa de mortalidade, quase todos os tumores voltam passados cinco anos.
Num estudo realizado em ratos, os investigadores mostraram que as pequenas máquinas poderiam eliminar a necessidade de múltiplos tratamentos tumorais, reduzindo o tumor após uma única terapêutica.
Os tratamentos atuais para o cancro de bexiga incluem cirurgia e quimioterapia, ficando extremamente caros. Tal sucede porque os doentes precisam de ir ao hospital entre quatro a seis vezes antes de obterem um diagnóstico conclusivo.
No entanto, este novo estudo afirma que os nanobots podem conseguir esse resultado numa única visita.
A pesquisa foi conduzida por cientistas do Instituto de Bioengenharia da Catalunha (IBEC) e do CIC biomaGUNE em colaboração com o Instituto de Pesquisa em Biomedicina (IRB Barcelona) e a Universidade Autónoma de Barcelona (UAB).
Os nanobots têm 450 nanómetros de diâmetro – e para vê-los seria necessário aumentar a ampliação 20 milhões de vezes.
Os nanobots foram cobertos com nanopartículas de ouro (AuNPs) na sua superfície, permitindo aos investigadores observar devidamente a forma como se moviam na corrente sanguínea e atacavam o tumor.
Os cientistas que conduziram o estudo ainda não têm certeza se o tratamento com nanobots impedirá o regresso do tumor, mas após o sucesso do nanobot, estudos adicionais já estão em andamento para determinar a eficácia a longo prazo.