Apesar de o glaucoma ser uma doença sem cura, de acordo com os especialistas, o diagnóstico atempado e o tratamento adequado é essencial de modo a preservar a visão do doente e impedir a progressão da doença, evitando a cegueira irreversível.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da cegueira relacionada com o glaucoma pode ser evitável com um diagnóstico e tratamento precoces. No entanto, o glaucoma é uma doença ocular silenciosa, muitas vezes sem sintomas óbvios nas suas fases iniciais. Por esse motivo, as consultas regulares com um médico oftalmologista são fundamentais de modo a detetar precocemente esta patologia.
Teresa Gomes, médica oftalmologista e coordenadora do Grupo Português de Glaucoma da SPO, enfatiza que o glaucoma “é a doença que avança silenciosamente, quase sem sintomas”. “O diagnóstico precoce é determinante e há fatores de risco, como a história familiar, que devem alertar para a doença. O glaucoma pode ser 10 vezes mais frequente quando existe um familiar direto (mãe, pai, irmão ou irmã) portador da doença. Neste caso, sempre que haja alguém na família com glaucoma, a avaliação por um médico oftalmologista é fundamental.”
O rastreio do glaucoma é recomendado a partir dos 40 anos de idade, ou mais cedo, caso existam outros fatores de risco, como hipertensão ocular, alta miopia ou uso prolongado de corticoides. A população afrodescendente também está em maior risco.
Neste sentido, consultas regulares com um oftalmologista para avaliação ocular completa, incluindo medição da pressão ocular e avaliação do nervo ótico, são essenciais para o diagnóstico precoce e prevenção do glaucoma, conclui a SPO em nota divulgada.