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Estudo mostra que combinar dois tipos de bactérias “boas” é eficaz e seguro no alívio de distúrbio digestivo

12 Setembro 2024
Sandra M. Pinto

Dispepsia funcional afeta 1 em cada 10 pessoas no mundo

Dor no estômago, sensação de enfartamento, saciedade precoce ou inchaço abdominal são alguns sintomas comuns de uma perturbação digestiva pouco conhecida, que dá pelo nome de dispepsia funcional.
O facto de muitos dos doentes não responderem à medicação clássica (antiácidos, procinéticos, neuromoduladores, entre outros) tem levado os investigadores a procurarem abordagens eficazes e com menos efeitos adversos. O investigador belga Tim Vanuytsel tem apostado num caminho pouco explorado que coloca a microbiota como alvo terapêutico. E num estudo que combina dois tipos de bactérias probióticas, alcançou resultados promissores que alteram o paradigma na resposta a estes doentes.
De acordo com o investigador e professor associado da Universidade de Leuven, na Bélgica, a dispepsia funcional afeta quase 1 em cada 10 pessoas no mundo, sobretudo mulheres, fumadores e consumidores de anti-inflamatórios não esteroides (como o ibuprofeno ou cetoprofeno). Embora seja um distúrbio digestivo caracterizado por dor ou desconforto crónico centrado na zona do estômago, sabe-se que envolve, em particular, alterações ao nível do duodeno e na comunicação bidirecional entre o intestino e o cérebro.
“A dispepsia afeta muito a qualidade de vida. Estes doentes sentem mais stress e ansiedade e mostram alterações no trato gastrointestinal, nomeadamente na microbiota, na motilidade e na permeabilidade intestinal, com infiltração aumentada e inapropriada de mastócitos e eosinófilos (células de defesa do sistema imunitário)”, refere Tim Vanuytsel.
O investigador acredita que o duodeno é o centro patofisiológico da dispepsia e os estudos mais recentes apontam neste sentido. Uma investigação recente detectou a diminuição de Porphyromonas Neisseria em doentes com dispepsia, versus grupo de controlo, e uma diminuição de Porphyromonas inversamente correlacionada com o aumento dos sintomas e de eosinófilos. “Pensamos que o microbioma do duodeno ativa o sistema imunitário, levando a sintomas relacionados com a motilidade gástrica”, explica o gastrenterologista belga. Um outro estudo identificou alterações diferentes, nomeadamente um aumento de Streptococcus e diminuição de Prevotella, em comparação com o grupo de controlo. Porém, conforme salientou o especialista, alguns doentes estavam a ser tratados com inibidores da bomba de protões (IBPs), que estão entre os fármacos mais prescritos pela sua eficácia e perfil de segurança, mas que a longo prazo alteram a microbiota duodenal.
Novo alvo terapêutico a partir da microbiota é promissor e seguro
Para Tim Vanuytsel, “a microbiota deve ser o novo alvo terapêutico no tratamento da dispepsia”, nomeadamente através da combinação de duas bactérias probióticas produtoras de esporos  e, por isso, capazes de resistir à acidez do estômago: as Bacillus coagulans MY01 e Bacillus subtilis MY02. Num estudo randomizado e duplamente cego, em que o investigador participou, um grupo de doentes recebeu uma combinação destas duas bactérias ou placebo. Foram ainda incluídos indivíduos com e sem terapêutica concomitante com IBPs.
Tim Vanuytsel destaca que a resposta clínica foi maior com probióticos do que com placebo (48% vs. 20%) após 8 semanas, independentemente de estarem a fazer terapêutica com IBPs. O grupo das bactérias probióticas teve menos sintomas de dor e ardor no estômago e menos sensação de enfartamento e saciedade precoce. Após 16 semanas, os investigadores chegaram a resultados ainda mais expressivos: redução de marcadores inflamatórios e aumento da diversidade microbiana nos doentes que receberam as Bacillus coagulans MY01 e Bacillus subtilis MY02.
O investigador e especialista em gastrenterologista conclui que “o microbioma e o duodeno podem representar novos alvos terapêuticos através do uso de probióticos em doentes com dispepsia funcional, particularmente probióticos produtores de esporos, uma abordagem até agora pouco explorada”.

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