O burnout é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma síndrome «resultante do stress crónico no local de trabalho que não foi gerido com sucesso». O fenómeno atinge, principalmente, mulheres.
Segundo a pesquisa Women in the Workplace 2021, feita pela consultoria McKinsey & Company e pela organização LeanIn, 42% delas relataram sintomas do fenómeno, em comparação a 35% dos homens.
O burnout caracteriza-se por três pilares, refere a Marie Claire.« O primeiro é o sensação de exaustão ou esgotamento de energia; o segundo é o negativismo; e o terceiro é o compromisso da eficácia profissional».
A multiplicidade de papéis é um dos principais fatores que tornam o sexo feminino mais vulnerável ao burnout, refere a mesma noticia.
«Hoje, é raro encontrar uma mulher que desempenhe apenas um papel. Ela é mãe, esposa, profissional, filha. Muitas vezes está a cuidar dos pais idosos, filhos e da casa, além do trabalho», reforça a Marie Claire.
Outra questão destacada é a perceção de que, «para obter o mesmo reconhecimento dos homens, as mulheres de precisam trabalhar mais. Esse cenário de desigualdade é agravado pela dificuldade em delegar tarefas, seja no trabalho ou na vida pessoal».
O fato de que o sexo feminino costuma procurar mais ajuda profissional do que o masculino« também reflete uma maior conscientização sobre o problema, mas não elimina as desigualdades que perpetuam o fenómeno».