O verão trouxe temperaturas elevadas e praias cheias, mas também muitos escaldões devido à exposição solar prolongada e à falta de proteção adequada. A pele queimada arde ao tomar banho, mantém-se quente durante horas e começa a descamar passados alguns dias. Para aliviar estes sintomas, é comum recorrer a after sun, mas esta pode não ser a melhor opção.
“As fórmulas dos ‘after sun’ tendem a ter consistências ricas e espessas que contêm óleos, que criam uma barreira emoliente sobre a pele, retendo o calor na camada superior da epiderme e exacerbando a inflamação e a sensação de queimadura”, explica Michaella Bolder, especialista em cuidados da pele, citada pelo Independent. Além disso, muitos destes produtos contêm químicos e fragrâncias que podem irritar a pele já danificada.
A melhor solução: o aloé vera
Para acalmar e refrescar a pele queimada, o aloé vera é o aliado mais eficaz. Seja na sua forma natural, aplicando diretamente o interior das folhas, ou em gel, disponível em supermercados e farmácias, este ingrediente proporciona um efeito refrescante imediato. “O aloé vera salva a pele. Com o seu efeito refrescante imediato, é um dos favoritos para os cuidados pós solar”, revela Lorraine Shrivener, especialista citada pela mesma publicação.
O gel de aloé vera ajuda a libertar o calor da pele, ao contrário dos cremes mais espessos, que foram pensados para reter a humidade e, por isso, podem prolongar a sensação de calor.
Apesar dos tratamentos, o mais importante é evitar os escaldões. A exposição solar deve ser moderada e o uso de protetor solar é fundamental, mesmo durante o inverno. “O Fator de Proteção Solar (FPS) indica o nível de proteção para UVB, responsável pelas queimaduras solares, e traduz o número de vezes que o protetor aumenta a proteção natural da pele”, explica Marta Ribeiro Teixeira, dermatologista na Clínica Espregueira, no Porto, em declarações ao Lifestyle ao Minuto.
Segundo a especialista, “um FPS 30 significa que a pele demora 30 vezes mais a queimar do que sem proteção, embora isto dependa de fatores como a hora do dia, local, estação, índice ultravioleta, transpiração e fotótipo da pele. Um FPS 50 oferece ainda maior proteção, mas um FPS 30+ já é eficaz.” A dermatologista alerta que “protetores solares abaixo de 30 não protegem adequadamente e não estão recomendados”.