Um pequeno cabaz alimentar com 16 produtos essenciais na mesa de Natal dos portugueses, como bacalhau, peru, vinho ou azeite, pode este ano custar 52,89 euros, mais 6,52 euros (mais 14%) do que a 21 de dezembro de 2022 e mais 2,11 euros (mais 4%) do que a 20 de dezembro de 2023. Os dados são da DECO PROteste, que revela que, na última semana, entre 27 de novembro e 4 de dezembro, o preço desta cesta aumentou 49 cêntimos (mais 0,9 por cento).
A organização de defesa do consumidor alerta, contudo, que o peso dos produtos da ceia de Natal na fatura de supermercado pode ser ainda mais expressivo. Nas contas do preço total deste cabaz foram considerados apenas uma unidade de cada produto ou um quilo, no caso dos produtos vendidos a peso (bacalhau, perna de peru, batata, couve e abacaxi).
A análise semanal a um cabaz de 63 bens alimentares essenciais revela que, embora os preços de alguns produtos continuem a oscilar de uma semana para a outra, o custo da alimentação está mais baixo em comparação com a primeira semana de 2024. Para perceber se este Natal pode representar um maior esforço financeiro para os consumidores portugueses, a DECO PROteste escolheu 16 produtos tipicamente usados na confeção da Consoada. Depois, calculou o preço médio por produto em todas as lojas online do seu simulador. Posteriormente, foi somado o preço médio de todos os produtos e obtido o custo total do cabaz para um determinado dia.
Chocolate aumentou 44% e bacalhau 18% face a 2023
A apenas algumas semanas da ceia de Natal, são os preços do chocolate para culinária, do bacalhau graúdo e da perna de peru que mais contribuem para elevar a despesa do supermercado em comparação com 2023, de acordo com as contas da DECO PROteste.
A 4 dezembro, uma tablete de chocolate para culinária custava 2,86 euros, mais 88 cêntimos (mais 44%) do que no período homólogo, a 6 de dezembro de 2023. O bacalhau graúdo aumentou 18 por cento. Na primeira semana de dezembro deste ano, um quilo deste peixe custava 14,38 euros, mais 2,20 euros por quilo do que há um ano. Já a perna de peru está 76 cêntimos por quilo (mais 18%) mais cara face a 2023. A 4 de dezembro, custava 5,03 euros por quilo.
Preços do azeite, da couve e do vinho branco sobem na última semana
Ao contrário da tendência verificada em 2023, a aproximação à noite de Consoada ainda não levou a um aumento muito significativo nos preços dos produtos deste cabaz. O açúcar branco, o bacalhau graúdo, a tablete de chocolate para culinária, o vinho tinto, a farinha para bolos e o leite meio-gordo viram os seus preços descer na última semana, entre 27 de novembro e 4 de dezembro.
Houve, no entanto, algumas subidas, entre 27 de novembro e 4 de dezembro.
- O azeite virgem extra aumentou 83 cêntimos (mais 9%), para 9,56 euros.
- A couve subiu 8 cêntimos por quilo (mais 6%), para 1,40 euros.
- O vinho branco aumentou 8 cêntimos (mais 3%), para 2,64 euros.
- O arroz carolino registou um aumento de 5 cêntimos (mais 3%), para 1,80 euros.
- A perna de peru subiu 13 cêntimos por quilo (mais 3%), para 5,03 euros.
- A batata-vermelha viu o seu preço subir 3 cêntimos por quilo (mais 3%), para 1,28 euros.
Azeite virgem extra está mais barato do que em 2023
Embora o preço do azeite virgem extra tenha aumentado 83 cêntimos na última semana, está mais barato do que em 2023. A 6 de dezembro do ano passado, uma garrafa de 75 centilitros de azeite virgem extra custava 10,21 euros, mais 65 cêntimos (mais 6 por cento) do que a 4 de dezembro de 2024. No entanto, há dois anos, a 21 de dezembro de 2022, era possível comprar a mesma garrafa de azeite por apenas 5,89 euros, ou seja, menos 3,67 euros.
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