Depois do A8 e do A7, o Audi A6 chegou ao mercado partilhando muitas das ideias estilísticas dos seus irmãos de maiores dimensões. A grelha trapezoidal, os vincos laterais na carroçaria e um sistema de iluminação em LED que ajuda a identificar a sua presença em estrada já fazem parte da nova geração deste modelo, que é um dos que tem a história mais longa na marca dos anéis.
O nível de equipamento Sport confere-lhe um visual mais desportivo, tal como as jantes de liga leve de 19 polegadas presentes na unidade ensaiada. O tom negro da carroçaria transforma-o num misto de executivo com um dos modelos que poderia muito bem ser utilizado por um órgão do estado, mas que resulta num conjunto bem conseguido e homogéneo, face a outros modelos da marca.
No habitáculo as semelhanças com o topo de gama A8 são ainda mais evidentes. Estão presentes os dois enormes monitores de comando tátil na consola central, com o mesmo grafismo que caracteriza os novos sistemas de entretenimento da Audi. Semelhantes a aplicações, podem ser personalizados em termos de posição, conforme nos der mais jeito e podem interagir um com o outro, na inserção dos dados da navegação, por exemplo. Na instrumentação, é o Audi Virtual Cockpit que ganha mais destaque, uma vez que nos pode mostrar o tradicional velocímetro e conta-rotações, ou deixar-se preencher quase na totalidade com o mapa do sistema de navegação.
Em termos de conforto, a nova geração do Audi A6 é talvez a que também está mais avançada e não só podemos contar com uma posição de condução quase perfeita, como com um ambiente a bordo sereno e bem insonorizado onde o conforto é nota dominante. A imagem mais tecnológica que conhecemos do exterior chega também ao habitáculo, com traços mais arrojados, mas que lhe conferem uma excelente ligação a outros modelos da marca e um resultado final, na nossa opinião, muito cativante em termos estéticos.
O facto de termos um 40 TDI colado na tampa da bagageira, no entanto, não quer dizer nada do outro mundo. É uma designação que nos soa melhor, mas que se traduz na presença do motor diesel de dois litros e quatro cilindros, com 204 cavalos de potência. Aqui há uns anos ainda poderíamos imaginar que se tratava de um motor 4.0, mas não, este A6 conta apenas com o mesmo bloco de dois litros que já conhecemos em diversos outros modelos. A designação é que já pertence à nova geração de modelos da Audi, em que o número presente simboliza uma espécie de patamar de potência.
No caso do número 40, que aqui encontramos, quer dizer que a potência deste modelo se encontra entre os 125 e os 150 kW, ou seja, entre os 170 e os 204 cavalos. Na prática, isto quer dizer que o Audi A6 terá motor suficiente para se fazer deslocar sem grandes dificuldades, ao mesmo tempo que pode apresentar médias de consumo bastante comedidas. Não espere o mesmo fôlego do motor V6, mas acredite que não vai ficar triste assim que começar a dar mais uso ao pedal do lado direito.
O preço de tabela do Audi A6 40 TDI Sport fica ligeiramente acima dos 63 mil euros, mas o visual desta versão base não tem nada a ver com o da unidade ensaiada que vê nas imagens. É que no Audi A6 com que tivemos oportunidade de andar, estavam presentes mais de 17 mil euros em extras. É um valor que quase parece obsceno, mas que passa a fazer sentido se pensarmos que este A6 é uma unidade de demonstração e que por isso tem incluídos muitos dos sistemas disponíveis para esta gama, justamente para que possam ser testados da melhor forma possível.
Entre eles, destaque, por exemplo, para os faróis dianteiros Matrix LED, com indicadores dinâmicos à frente e atrás, que nos permitem viajar numa estrada mais escura sempre com os máximos ligados, sem o perigo de encadear quem viaja à nossa frente ou em sentido contrário, uma vez que o sistema desliga precisamente a zona do foco de iluminação que poderia fazê-lo. Com tanta tecnologia a bordo não poderíamos deixar de parte o mundo da conectividade, através do qual este Audi A6 consegue aceder às informações de trânsito em tempo real e à meteorologia. Há um número de funções que podemos controlar através de uma aplicação no telemóvel, mas também diversas possibilidades de ligação de dispositivos móveis ao carro, não faltando sequer a plataforma destinada ao carregamento do smartphone por indução.