Ao longo dos séculos, a morte e o funeral dos papas foram regidos por uma liturgia solene que Francisco decidiu simplificar, renunciando ao seu sepultamento na Basílica de São Pedro.
No seu caso, ele expressou durante a sua vida o desejo de ser enterrado na basílica romana de Santa Maria Maggiore.
«Porque Ela é minha grande devoção», revelou o Papa Francisco pela primeira vez numa entrevista ao canal mexicano Nmas em 2023, na qual também confessou ter feito essa promessa à Virgem.
O padre chegou a escolher o local exato da sua sepultura: numa capela simples, que até então servia para guardar castiçais, localizada na nave esquerda do templo, entre dois confessionários.
Um total de sete papas estão enterrados nesta basílica.
Francisco escolheu este templo porque tinha uma relação especial com ele. Santa Maria di Maggiore, em Roma, é a basílica papal onde o Papa ia rezar diante da Virgem Maria Salus Populi Romani, salvadora do povo romano, antes e depois de cada viagem como pontífice.
A Basílica Papal de Santa Maria Maggiore, que dominou a cidade de Roma durante 16 séculos, localizada no topo do Monte Esquilino, é uma das quatro basílicas papais em Roma.
Segundo o site do templo, a tradição conta que a Virgem, surgindo em sonhos ao patrício João e ao Papa Libério, solicitou a construção de uma igreja em sua homenagem, num local que ela milagrosamente indicaria. Todos os anos, no dia 5 de agosto, o Milagre da Neve é comemorado com uma celebração solene, durante a qual uma cascata de pétalas brancas desce do teto.
Sete papas estão enterrados na Basílica, e o templo abriga o ícone mariano mais importante, a Salus Populi Romani, e relíquias como o Santo Berço, a manjedoura do menino Jesus e os restos mortais dos Santos Matias e Jerônimo.
O túmulo de Bernini também está localizado lá.