A demência é um problema real para muitas pessoas. Apesar de ser um tema algo triste, a verdade é que continua a ser necessário falar das formas como podemos tentar prevenir os seus efeitos mais negativos. Muitas destas atividades podem inclusive ser divertidas e satisfatórias.
Perda de memória, dificuldades cognitivas e incapacidade de resolver problemas são alguns dos sintomas mais associados à demência. Sendo certo que a idade avançada é considerada um dos principais fatores de risco, isso não significa que esta doença seja uma parte natural do envelhecimento.
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Existem diversas coisas que podemos fazer para assegurar que mantemos a nossa capacidade mental intacta ao longo da vida. Mudanças no nosso estilo de vida e na nossa dieta alimentar podem ser importantes. No entanto existem igualmente outro tipo de atividades mais lúdicas e curiosas que podem igualmente estimular e proteger a saúde do nosso cérebro.
Eis alguns dos principais exemplos que vai gostar de conhecer, de acordo com os especialistas do portal Psychology Today.
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Cantar
Os estudos têm comprovado que tocar um instrumento musical pode gerar efeitos positivos na nossa função cognitiva, estimulando a flexibilidade da mente e o multitasking. Uma outra investigação mais recente sugere agora que o cantar pode igualmente influenciar positivamente o nosso cérebro. Neste estudo os idosos que participavam num coro revelaram ter uma flexibilidade cognitiva bastante superior, apresentando igualmente melhoria no seu estado emocional e no seu sentido de comunidade.
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Sauna
Estudos recentes sugerem que pode haver uma ligação direta entre os banhos de sauna (estilo finlandês) e a prevenção do Alzheimer. A ideia é que o calor pode ajudar a ativar certas proteínas protetivas, assim como a melhorar a atividade cardiovascular, reduzir a inflamação, melhorar o nosso sono e reduzir o stress.
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Praticar Tai Chi
Este é um estilo lento de exercício que promove a arte da auto-defesa e da meditação. É uma prática ancestral chinesa que está associada a uma melhoria da função executiva da mente em pacientes que demonstram um declínio mental. Nestes casos mais ligeiros, o Tai Chi parece ser eficaz no retardar da evolução progressiva dos sintomas mais negativos.
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Estimular o otimismo e as emoções positivas
As pessoas que se sentem mais entusiasmadas e alegres apresentam um declínio cognitivo menor quando comparado com pessoas mais pessimistas. Vários têm sido os estudos que associam uma perspetiva mais positiva de futuro com uma maior longevidade. Felizmente é possível aumentar ativamente a nossa capacidade de estimular mais este tipo de sentimentos. Exercícios que nos obrigam a lembrar os aspetos mais felizes da nossa vida e alterar a nossa perspetiva sobre os eventos mais negativos.
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Acrescente frutos do bosque, maças e chá verde à sua dieta
Consumir alimentos ricos em substâncias antioxidantes como os flavonoides é algo que permite reduzir a inflamação do corpo e assim diminuir o risco de demência, segundo sugere um estudo de 2020. Adicionalmente o chocolate negro pode também ser um aliado neste processo, dado que é também uma fonte de flavonoides.
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Dormir bem
Sendo certo que os investigadores continuam a procurar determinar qual a razão exata para a ligação entre o sono e a diminuição do risco de demência, muitas são as evidências que apontam para o facto de este período prolongado de descanso permitir a eliminação de certos produtos tóxicos que podem afetar a mente e a sua função cognitiva.
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Encontrar um propósito
Por último é fundamental que continue a encontrar uma razão para se manter vivo, ativo e feliz. Independentemente do que seja – sucesso profissional, apoio familiar, voluntariado, etc – a verdade é que ter um real propósito parece estar associado a uma diminuição do risco de demência. As pessoas que afirma sentir um propósito de vida forte registam também geralmente melhores estados de saúde física e mental, uma maior longevidade e menor risco de doença crónica.