Investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, testaram um tratamento não cirúrgico e minimamente doloroso que usa dois tipos de ultrassom para eliminar “cálculos ureterais”, fazendo com que eles se quebrem, desalojem e reposicionem para facilitar a passagem dos cálculos mais fácil e rapidamente.
O estudo concentrou-se no potencial de combinar duas ferramentas de ultrassom diferentes: propulsão ultrassônica (UP) e litotripsia por ondas de explosão (BWL). A ideia surgiu de um esforço liderado pela NASA para desenvolver uma abordagem sem sedação para pedras nos rins para astronautas em viagens de longa distância.
A propulsão ultrassónica é projetada para ajudar a mover e reposicionar a pedra problemática, enquanto o BWL é implantado para quebrar a pedra em pedaços menores. Essas práticas podem ser realizadas com os pacientes acordados, em sala de emergência ou em clínicas, de forma rápida e indolor.
Para ver como a abordagem de ultrassom duplo pode funcionar, os investigadores recrutaram 29 pacientes em 2018, tratando 16 apenas com propulsão e 13 com ela e BWL. Ambas as técnicas utilizam botões diferentes na mesma máquina de ultrassom.
A propulsão ultrassónica desencadeou o movimento de pedras em 19 dos 29 pacientes.
Em dois casos, as pedras foram realmente empurradas para fora do trato urinário até a bexiga, proporcionando alívio imediato num paciente.
Já a BWL efetivamente quebrou pedras em sete dos 13 pacientes com UP/BWL, normalmente em 10 minutos ou menos.
E mais de duas semanas após o tratamento com ultrassom, as pedras foram eliminadas do corpo em 18 dos 21 pacientes, todos com pedras mais próximas da bexiga do que do rim.
Para este grupo, em média, a passagem completa do cálculo levou quatro dias após o procedimento.
Não foram observados efeitos colaterais graves e os níveis de dor foram marcadamente mais baixos após o ultrassom, em geral.