Um estudo publicado na revista Nature Medicine sugere que os fatores ambientais, incluindo as escolhas de estilo e condições de vida, são cerca de 10 vezes mais importantes do que a genética quando se trata de envelhecimento saudável e morte precoce.
A idade, o sexo e os fatores ambientais explicam cerca de 66% dos riscos de mortalidade, de acordo com a investigação conduzida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
«Ficámos surpreendidos com a diferença, com o facto de o ambiente ser muito mais importante do que a genética», afirmou Austin Argentieri, primeiro autor do estudo e investigador da Universidade de Harvard, durante uma conferência de imprensa.
O estudo incluiu cerca de meio milhão de pessoas no Reino Unido.
Os investigadores identificaram os riscos genéticos dos participantes para 22 doenças, acompanharam problemas de saúde comuns como a obesidade, a hipertensão arterial e a dislipidemia e utilizaram proteínas do sangue para medir a rapidez com que as pessoas estavam a envelhecer biologicamente.
«A vida real é confusa. Todas estas diferentes influências ambientais se conjugam», afirma Argentieri, referindo que «estes fatores são os aspectos realmente fundamentais do ambiente, do comportamento e do estilo de vida, bem como os nossos contextos socioculturais e físicos mais amplos»