A ansiedade pode muitas vezes ser definida como uma excessiva atividade do nosso sistema interno de defesa. Os efeitos deste tipo de resposta emocional do nosso organismo podem afetar a nossa disposição, concentração, qualidade de sono, etc.
Ao tentarmos controlar, esconder e gerir a ansiedade acabamos frequentemente por ser incapazes de aproveitar o melhor que o momento presente tem para nos oferecer. Podemos facilmente ficar obcecados com a nossa condição mais ansiosa.
De acordo com o portal Psychology Today, existem um conjunto de fatores que podem contribuir para este estado constante de ansiedade e para uma série de vulnerabilidades psicológicas. Eis as principais conclusões que deve conhecer.
- Genética
Tal como muitos outros problemas psicológicos, a ansiedade é algo que pode ser influenciado pelo nosso historial familiar. Existem indivíduos que apresentam uma maior predisposição para serem impactados por este tipo de fatores. É fundamental que se aprenda um conjunto de técnicas e atitudes resilientes que nos permitam lidar melhor com medos e receios.
- Pensamento distorcido
As pessoas formam perspetivas e realidades internas que moldam a sua visão do mundo que as rodeia. Naturalmente este tipo de ideias acabam por refletir os seus medos e anseios. Por exemplo, alguém mais vulnerável a estados de ansiedade em contextos sociais irá acabar por interpretar expressões faciais ambíguas sempre como um sinal negativo ou de desaprovação. Estes tipos de pensamentos destorcidos podem criar ciclos viciosos que impedem o individuo de ultrapassar os seus principais medos.
- Comportamento de fuga
A fuga e o evitar/retardar de certas situações permite proteger momentaneamente um individuo de algum tipo de desconforto. Infelizmente se isto se tornar uma prática recorrente então a existência da pessoa irá cada vez ficar mais afunilada, desinteressante e distorcida. A única forma de “tratar” este tipo de situação é através de um processo de exposição ativa. Apesar de poder criar um maior desconforto inicial, a verdade é que quando escolhemos enfrentar os nossos receios acabamos por sentir uma maior confiança e força mental.
- Intolerância ao desconhecido
A forma como lidamos com o desconhecido é porventura um dos elementos mais cruciais para a definição dos nossos níveis de preocupação. Para os indivíduos que mais sofrem com este tipo de perceção negativa, qualquer ideia sobre um evento futuro incerto é interpretada como algo ameaçador e assustador. Contribuindo desta forma para um constante estado de ansiedade. A verdade é que a vida está repleta de eventos imprevisíveis que vão sempre fugir ao nosso controlo. É necessário que sejamos capazes de reconhecer isso, evitando assim uma perceção excessivamente negativa sobre o futuro. O desconhecido pode também ser uma fonte de entusiamo; e não apenas de medo.
- Capacidade de regulação emocional
Este é um processo que se refere à capacidade de cada individuo influenciar e “controlar” mais eficazmente as suas próprias emoções. As pessoas mais ansiosas têm uma capacidade bastante mais diminuta de “quebrar” estados de pensamento mais assustadores e negativos. Todavia é possível aprender a controlar mais o nosso foco e atenção, forçando a nossa mente a estar mais atenta às questões positivas e a elementos capazes de gerar felicidade.