Com a morte do papa Francisco o Vaticano vai começar os preparativos para escolher um novo líder da Igreja Católica.
Até que isso ocorra, a Igreja terá uma espécie de governo temporário, e as decisões urgentes ficarão a cargo do Colégio dos Cardeais.
A votação para eleger um novo papa, chamada de Conclave, deve começar entre 15 e 20 dias. Estão aptos a participar da eleição 138 cardeais com menos de 80 anos, membros do Colégio.
Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, francês, 66 anos
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Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, francês, 66 anos — Foto: Vaticano/Divulgação
É conhecido em alguns círculos católicos como João XXIV, pela sua semelhança com o papa João XXIII, o papa reformador de rosto redondo do início dos anos 1960.
Aveline é conhecido pela natureza simples e descontraída, a facilidade para fazer piadas e proximidade ideológica com Francisco, especialmente em relação à imigração e às relações com o mundo muçulmano. É um doutorado em teologia e graduação em filosofia. O arcebispo nasceu na Argélia numa família de imigrantes espanhóis que se mudaram para a França após a independência da Argélia, e viveu a maior parte de sua vida em Marselha.
Cardeal Peter Erdo, húngaro, 72 anos
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Cardeal Peter Erdo, húngaro, 72 anos — Foto: Vatican News/Divulgação
Erdo já era um candidato papal no último conclave em 2013, graças aos seus amplos contatos com a Igreja na Europa e na África, e por ser visto como um pioneiro do movimento da Nova Evangelização para reacender a fé católica em nações avançadas secularizadas — uma prioridade para muitos cardeais. É considerado conservador em teologia e enfatiza as raízes cristãs do continente. No entanto, também é visto como pragmático e nunca entrou em conflito abertamente com Francisco, ao contrário de outros clérigos de mentalidade tradicional.
Especialista em direito canônico, Erdo teve uma trajetória acelerada durante toda a sua carreira, tornando-se bispo aos 40 anos e cardeal em 2003, quando tinha apenas 51 anos, o que o tornou o membro mais jovem do Colégio dos Cardeais até 2010.
Cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, maltês, 68 anos
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Cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, maltês, 68 anos — Foto: Arquidiocese de Braga/Divulgação
Grech vem de Gozo, uma pequena ilha que faz parte de Malta, o menor país da União Europeia. Foi nomeado pelo papa Francisco para ser secretário-geral do Sínodo dos Bispos — um cargo de peso dentro do Vaticano. Inicialmente visto como conservador, Grech tornou-se um porta-voz das reformas de Francisco dentro da Igreja durante anos, evoluindo rapidamente com os tempos.
Cardeal Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona, espanhol, 79 anos
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Cardeal Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona, espanhol, 79 anos — Foto: Vatican News/Divulgação
Modesto e bem-humorado, Omella vive uma vida humilde apesar de seu título elevado, dedicando a sua carreira na Igreja ao cuidado pastoral, à promoção da justiça social e à personificação de uma visão compassiva e inclusiva do catolicismo. Nasceu em 1946 na vila de Cretas, no nordeste da Espanha. Após ser ordenado em 1970, serviu como padre em várias paróquias espanholas e também passou um ano como missionário no Zaire, hoje República Democrática do Congo.
Cardeal Pietro Parolin, italiano, diplomata do Vaticano, 70 anos
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Cardeal Pietro Parolin, italiano, diplomata do Vaticano, 70 anos — Foto: Vatican News/Divulgação
Parolin foi vice-ministro das Relações Exteriores do Papa Bento XVI, que em 2009 o nomeou embaixador do Vaticano na Venezuela, onde defendeu a Igreja contra as iniciativas do então presidente Hugo Chávez para enfraquecê-la.
Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, filipino
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Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, filipino — Foto: Vatican News/Divulgação
Tagle é frequentemente chamado de “Francisco Asiático” devido ao seu compromisso semelhante com a justiça social e, se eleito, seria o primeiro pontífice da Ásia. No papel, Tagle, que geralmente prefere ser chamado pelo apelido “Chito”, parece ter todos os requisitos para ser um papa.
Tem décadas de experiência pastoral desde a sua ordenação sacerdotal em 1982. Depois, adquiriu experiência administrativa, primeiro como bispo de Imus e depois como arcebispo de Manila. O Papa Bento XVI nomeou-o cardeal em 2012.
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Cardeal Joseph Tobin, arcebispo de Newark, NJ, americano, 72 anos — Foto: Vaticano/Divulgação
É improvável que os cardeais do mundo escolhessem o primeiro papa dos EUA, mas se estivessem dispostos a isso, Tobin pareceria a possibilidade mais provável. Tobin serviu como segundo em comando de um escritório do Vaticano de 2009 a 2012 e foi então nomeado pelo Papa Bento XVI arcebispo de Indianápolis, Indiana. Francisco o promoveu a cardeal em 2016 e, posteriormente, o nomeou arcebispo de Newark.
Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, ganês, funcionário do Vaticano, 76 anos
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Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, ganês, funcionário do Vaticano, 76 anos — Foto: Vatican News/Divulgação
O papa João Paulo II nomeou-o arcebispo de Cape Coast em 1992 e 11 anos depois tornou-o no primeiro cardeal na história do estado da África Ocidental.
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Matteo Maria Zuppi, italiano, arcebispo de Bolonha, 69 anos — Foto: Vatican News/Divulgação
Quando Zuppi foi promovido em 2015 e se tornou arcebispo de Bolonha, a imprensa nacional referiu-se a ele como o “Bergoglio italiano”, devido à sua afinidade com Francisco, o papa argentino que nasceu Jorge Mario Bergoglio. Zuppi seria o primeiro papa italiano desde 1978.
Assim como o papa Francisco quando morava em Buenos Aires, Zuppi é conhecido como um “padre de rua” que se concentra nos migrantes e nos pobres, e pouco se importa com pompa e protocolo. Atende pelo nome de “Padre Matteo” e, em Bolonha, às vezes usa uma bicicleta em vez de um carro oficial.
Fonte: Reuters