A Dom Quixote edita “Uma Vida Dada a Deus”, homenagem ao cónego João Seabra (1949-2022) numa altura em que passa um ano da sua morte (3 de Junho de 2022).
O Presidente da República recorda “uma amizade fraternal que nasceu, cresceu e nunca morreu uma amizade fraternal de bem mais de meio século” do amigo de infância na Estrela, no primeiro capítulo de um livro que inclui depoimentos de D. Manuel Clemente, a análise da obra pelo economista João César das Neves e as quatro últimas homílias proferidas pelo padre.
“Chamava-se João Seabra. Era, já naquela dúzia ou pouco mais de anos, o Homem que marcaria a Igreja Católica, a Educação e Portugal. Como Presidente da República Portuguesa, tive a honra de lhe testemunhar o reconhecimento por essa vida ao serviço de Portugal. Mas essa honra, sendo justíssima, não é o mais importante que lhe devo. Tive o privilégio de ele me ter aceitado como seu amigo, na nossa adolescência. E, com essa amizade, ter mudado, para sempre, a minha vida”, escreve Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto D. Manuel Clemente prefere destacar uma vida particularmente “fecunda e criativa”. “Pela convicção, pela ação e pela cultura. faz-nos falta em todo o lado: na Igreja, na sociedade e na cultura, bem como na agradabilíssima companhia pessoal. Supero a inevitável saudade dele com a herança que nos deixou para o futuro que construímos. Ainda com ele.”
João Seabra nasceu em Lisboa em 1949. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa. Entrou no Seminário dos Olivais em 1973 e foi ordenado sacerdote em 1978.
Foi capelão da Universidade Católica entre 1978 e 1988, pároco de Santos-o-Velho de 1989 a 2002, e de Nossa Senhora da Encarnação de 2004 a 2018. Doutorou-se em Direito Canónico na Pontifícia Universidade Urbaniana, em Roma.
Fundou e presidiu ao Colégio de S. Tomás, em Lisboa. Em janeiro de 2019 o Presidente da República condecorou-o com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infanta D. Henrique.