Partilhar

Novo medicamento para Alzheimer pode retardar a doença, mas comporta certos riscos

Revela este estudo

18 Julho 2023
Forever Young

Pretende partilhar este texto? Utilize as ferramentas de partilha que encontra na página de artigo. Todos os conteúdos da VISÃO são protegidos por Direitos de Autor ao abrigo da legislação portuguesa. Apoie o jornalismo de qualidade, não partilhe violando Direitos de Autor.
https://visao.pt/visaosaude/2023-07-17-novo-medicamento-para-alzheimer-pode-retardar-a-doenca-mas-com-riscos-estudo/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=novo-medicamento-para-alzheimer-pode-retardar-a-doenca-mas-com-riscos-estudo

Ofármaco, chamado donanemab, está a ser desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, que já solicitou a aprovação por parte da agência federal norte-americana para os medicamentos (FDA, na sigla em inglês).

Em maio, a Lilly já tinha anunciado que o donanemab parecia funcionar, mas os resultados finais de um ensaio clínico que envolveu 1.700 doentes só hoje foram publicados pela revista científica Journal of the American Medical Association e apresentados numa conferência da Associação Internacional de Alzheimer em Amesterdão.

À semelhança do fármaco Leqembi, produzido pela farmacêutica japonesa Eisai e recentemente aprovado, o donanemab é composto por anticorpos produzidos em laboratório, administrados por vi intravenosa e que têm como alvo um dos principais responsáveis pela doença de Alzheimer — os aglomerados de proteínas conhecidas como placas amiloides.

Os dois fármacos têm também uma contraindicação séria: a possibilidade de inchaço ou hemorragia cerebral que no estudo da Lily foi associada a três mortes, sendo que cerca de um quarto dos doentes apresentaram sinais de inchaço e 20% tiveram microhemorragias.

Apesar de reconhecerem que estes medicamentos representam uma nova era no tratamento de Alzheimer, os cientistas admitem haver ainda muitas questões sobre o perfil dos pacientes em que devem ser testados e o nível do benefício.

“Provavelmente, os benefícios modestos não seriam questionados por pacientes ou médicos se os anticorpos fossem de baixo risco, baratos e simples de administrar, mas não são nada disso”, escreve o médico Eric Widera, da Universidade da Califórnia, em San Francisco, no editorial do Journal of the American Medical Association.

O estudo envolveu pessoas entre os 60 e 85 anos, que estavam ainda numa fase precoce da doença. Os 1.700 doentes foram divididos em dois grupos, em que metade recebeu infusões mensais do donanemab e a outra metade infusões placebo, ao longo de 18 meses.

Além das placas amiloides, os investigadores monitorizaram os níveis da proteína tau, também responsável pela Alzheimer.

De acordo com os resultados, os dois grupos pioraram ao longo dos 18 meses, mas a evolução foi cerca de 22% mais lenta naqueles que receberam donanemab, sendo que o medicamento parece funcionar melhor nos estágios iniciais da doença, uma vez que os doentes com níveis baixos a médios de tau tiveram um declínio 35% mais lento.

Significa que o donanemab atrasou entre quatro a sete meses o declínio do estado de saúde dos doentes. Entre os doentes a quem foi administrado o medicamento, 47% foram considerados estáveis um ano após o inicio do estudo, comparado com os 29% do outro grupo.

Se aprovado, será o segundo tratamento para a doença de Alzheimer comprovadamente capaz de retardar os sintomas da doença neurodegenerativa, depois de a FDA ter autorizado, no início do mês, a utilização do Leqembi.

Mais Recentes

Descubra os benefícios da leitura para a saúde mental

há 6 horas

Descobrimos o rooftop que promete um ambiente descontraído, ideal para jantares entre amigos ou sunsets

há 6 horas

Os melhores sabores do Minho aterram nos Açores num evento a quatro mãos

há 7 horas

Acabou de comer e já está com “fome” outra vez? Cuidado: convém perceber por que está isso a acontecer

há 7 horas

Se já passou dos 65 anos convém estar a par: estas são as cirurgias mais arriscadas depois dessa idade

há 7 horas

Espondilartrite axial: a doença que não tem cura, mas que tem tratamento

há 8 horas

Infarmed manda retirar do mercado todos estes produtos cosméticos: «não cumprem com os requisitos», refere a entidade

há 8 horas

À medida que envelhecemos os nossos arrependimentos estão relacionados com as oportunidades que não aproveitámos: 5 formas de se livrar desse sentimento

há 8 horas

Tenha uns lábios de sonho por menos de 3 euros: basta usar este delineador de lábios (perfeito) da Mercadona

há 8 horas

Sintomas da menopausa podem estar ligados com o desempenho cognitivo, é o que revela este estudo

há 9 horas

Descobrimos qual é o signo mais raro e estamos prestes a revelar: será que é o seu?

há 9 horas

A doença que afeta quase metade dos homens com mais de 50 anos mas da qual ninguém fala

há 9 horas

Conjuntivite alérgica: fique a par dos sintomas da doença que pode afetar toda a sua família

há 10 horas

E se lhe dissermos que, se jogar estes jogos, não só atrasa o envelhecimento cerebral como evita doenças, parece-lhe bom demais?

há 10 horas

É tudo uma questão de bom-senso e alguns cuidados: saiba como passar dos 50 anos (e chegar aos 65) o mais saudável possível

há 10 horas

Está a chegar a época delas: está preparado para as constipações? 8 sinais (subtis) aos quais deve tomar atenção

há 11 horas

Descobrimos a coleção de vernizes mais irresistível para este outono (e queremos partilhar a novidade)

há 12 horas

Tivoli Palazzo Gaddi abre as suas portas no centro histórico de Florença

há 13 horas

Testemunho contra o esquecimento: “O Dia Que Mudou Israel” relembra o 7 de outubro

há 13 horas

Marca de moda oferece voucher de 20 euros aos primeiros 50 clientes que visitarem o seu novo espaço

há 13 horas

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.