Um estudo publicado na revista Biological Psychiatry encontrou uma correlação inesperada entre os sintomas da doença de Alzheimer e dois traços de personalidade: um aumenta o risco da doença e o outro é capaz de diminuir a probabilidade de a desenvolver.
O artigo afirma que «dois traços específicos de caráter – neuroticismo e conscienciosidade – parecem aumentar e diminuir, respetivamente, as hipóteses de desenvolver a doença».
A pesquisa mostra dados de imagens cerebrais concretos e prova que indivíduos neuróticos têm uma probabilidade maior de ter placas amiloides no cérebro, e que pessoas conscienciosas são menos propensas a tê-las.
As pessoas com alto neuroticismo ou baixa conscienciosidade têm uma incidência maior de placas e emaranhados, enquanto aqueles com baixo neuroticismo e alta conscienciosidade são os menos propensos a desenvolver as características do Alzheimer.
Muitos dos participantes que desenvolveram as placas amiloides e emaranhados não exibiram sintomas cognitivos da doença de Alzheimer na época, sugerindo que esses traços de personalidade por si só podem ser uma indicação útil na avaliação de risco clínico.
Pessoas conscienciosas tendem a viver mais porque é mais fácil para elas seguirem um estilo de vida saudável.
Os neurótico tendem a ser mais suscetíveis ao stress e a sucumbir às suas emoções, ficar deprimidos ou ansiosos.