A gripe aviária continua a representar uma ameaça latente para a saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), do início de 2003 até 20 de janeiro de 2025, 964 casos humanos de gripe aviária A(H5N1) foram relatados em 24 países.
Conforme relatado pela OMS, «a principal via de transmissão da gripe aviária é através do contato com aves infectadas ou ambientes contaminados. Em relação ao consumo de alimentos, os alertas foram emitidos até agora são sobre ovos crus e produtos de aves crus, mas com pouco riscos».
Agora, uma pesquisa da Universidade Cornell, em Nova Iorque, sugere que certos tipos de queijo de leite cru podem não eliminar o vírus com o tratamento ao qual são submetidos.
Mais especificamente, foi demonstrado que a maturação de queijo de leite cru durante 60 dias ou mais não é eficaz por si só na eliminação do vírus da gripe aviária H5N1 altamente patogénico (HPAI H5N1).
De acordo com o Código de Regulamentações Federais dos EUA, queijos feitos de leite cru (não pasteurizado), como Camembert, Roquefort, Parmesão e Raclette, devem ser envelhecidos durante no mínimo 60 dias em temperaturas não inferiores a 1,67 °C para inativar patógenos bacterianos.
De acordo com este estudo, «foi observada a sobrevivência dependente do pH do vírus H5N1 da gripe aviária altamente patogénica (IAAP). O vírus infeccioso persistiu durante todo o processo de fabricação do queijo e durante até 60 dias de maturação nos grupos de queijos com pH 6,6 e 5,8, mas com pH 5,0, o vírus não sobreviveu ao processo de produção».
O jornal alemão KA Inside relata que algumas vacas leiteiras foram infectadas com o vírus nos EUA, aumentando o risco de contaminação do leite não tratado, no entanto, essts casos são raros e é improvável que o vírus chegue aos humanos por esta via.