Encontrar novamente o amor numa fase mais tardia das nossas vidas pode ser uma experiência maravilhosa. É algo que traz uma nova “luz” à sua vida e lhe oferece uma perspetiva de futuro mais positiva. Não há nada como sentir que encontrámos um parceiro com quem desejamos passar o resto das nossas vidas.
Apesar de tudo isto, a pressão de voltar a casar pode ser algo que atormenta a vida de um casal. As estatísticas não parecem ajudar. Se os dados indicam que cerca de metade dos primeiros casamentos acabam em divórcio; já no caso dos segundos (e terceiros) casamentos, essa probabilidade sobe para os 70%.
A verdade é que quando somos mais jovens, ao casar temos menos a perder e muito mais tempo para corrigir certos problemas. Mais tarde na vida as coisas parecem complicar-se. Gerir filhos, famílias, finanças, propriedades e tudo mais torna-se uma missão mais complexa. E sobretudo, após os 50, 60 anos, existe menos tempo e capacidade de “trabalhar” e resolver alguns destes temas mais sensíveis.
Eis algumas das principais questões que deve considerar, caso esteja a pensar voltar a “dar o nó” depois dos 50.
O impacto financeiro
O voltar a casar pressupõe uma série de alterações legais que podem ser difíceis de entender. Algumas destas podem ter efeitos nas suas finanças. Para lá dos custos habituais associados à celebração e festa de casamento, existem outras questões que deve contemplar.
No caso de ser viúvo(a) e de receber uma pensão de viuvez saiba que um novo casamento irá significar a perda do direito a continuar a receber este valor mensal. Pelo que deverá preparar-se para este impacto financeiro.
A questão dos filhos
Quando um casal já mais envelhecido se junta, é natural que ambos possam ter filhos de casamentos anteriores. Esta é uma situação que, dependo da idade dos filhos, pode gerar alguns incômodos e desafios.
Mesmo que os seus filhos já não tenham idade para viver na sua casa, a verdade é que pode persistir o desejo (ou necessidade) de os continuar a apoiar financeiramente. Isto é algo que deverá ter que passar a ser gerido de uma maneira diferente a partir do momento em que se “juntar” amorosamente (e financeiramente) a um outro parceiro.
Juntar as famílias?
Um novo casamento significa a formação de uma nova família. Mas significa igualmente que provavelmente se terá que adaptar a novos “laços” familiares que surgem agora. Ou então não.
A verdade é que para um casal nesta fase das suas vidas, pode existir a possibilidade de decidir se desejam (ou não) juntar os restantes membros familiares e faze-los sentir também parte desta nova ligação “aos olhos da lei”. Será que é desejável criar novas relações familiares entre os membros de ambas as famílias? Essa é uma questão que deverá analisar
O que fazer com as casas?
Esta é uma das decisões mais clássicas que terá que tomar. Se ambos tiverem casas compradas o que fazer com estas propriedades? Vender uma e ir viver juntos para a outra? Vender ambas e comprar uma nova? As opções são variadas e a decisão final pode ser mais complexa do que imagina.
Sobretudo se começar a contemplar o facto de ambos desejarem deixar aos respectivos filhos uma herança que contemple propriedade, isso pode complicar todo o processo. No futuro, quando um dos membros do casal ficar viúvo e se tornar o exclusivo proprietário, esta decisão pode ser algo que crie inevitavelmente algum desconforto e problemas junto da restante família.