Sente-se com menos 20 anos do que tem na realidade? Não é o único

A idade é apenas um número. Mas para uns, este número é mais baixo do que para outros, mesmo que seja apenas “internamente”.

Se tiver que responder à pergunta: “com que idade se sente?” O que responde? Não, não estamos interessados na idade formal apresentada no seu cartão de cidadão. Queremos sim saber o quão novo ou velho se sente internamente.

Habitualmente agrupamos as pessoas, tendo em conta a sua idade, em diversos grupos sociais: infância, adolescência, jovens adultos, adultos e velhos.

Todos estes grupos têm diferentes características, direitos e privilégios associados. As crianças não votam; os idosos são mais frágeis; os adolescentes complicados. Entre outros exemplos.

No entanto os estudos apontam para que a forma como as pessoas se sentem internamente – a sua idade subjetiva – é muitas vezes bastante diferente do número de anos que já têm de vida.

Isto tem que ver sobretudo com a personalidade de cada pessoa, com a “idade interior” de cada um. Muitos jovens sentem-se mais velhos do que são. Muitos idosos sentem-se bastante mais jovens.

Um estudo recente apresentado no portal Considerable, entrevistou 66 adultos já mais velhos, com idades compreendidas entre os 65 e os 90 anos, residentes nos EUA e Canada, com o intuito de perceber qual a idade interior que estes sentem ter.

Todos os participantes sofriam de algumas doenças, incluindo cancro, insuficiências cardíacas, diabetes, artrite, entre outros.  Quase 60% dos participantes viviam diariamente com dores constantes.

Aos participantes foi perguntado: “Para muitos, a sua idade biológica não reflete a idade que sentem ter internamente. Quanto a si, que idade sente ter ?

A maior parte das respostas revelou que grande parte das pessoas se sentem décadas mais jovens internamente, mesmo apesar do facto de viverem com inúmeras doenças. A idade interior média do estudo revelou-se ser 51 anos de idade, existindo uma diferença em média de 20 anos entre a idade biológica e a idade interior sentida.

Ou seja, mais de metade dos participantes sente-se (pelo menos) 20 anos mais novos do que são na verdade. Alguns chegam inclusive a afirmar sentirem-se com 17 anos. No final, apenas 8% da “amostra” revelou sentir ter uma idade interior igual à sua verdadeira idade biológica.

À parte deste estudo, o conceito de idade interior pode ter consequências muito interessantes e positivas no relacionamento entre pessoas de gerações diferentes. O facto de chegarmos à conclusão que muitas das pessoas que são mais velhas, podem igualmente sentir-se bastante mais novas, pode ajudar a desenvolver maiores conexões e ligações no que diz respeito a diversos temas da sociedade que afetam (e dividem) normalmente os diversos grupos de idades.

Este conceito pode igualmente ajudar a explicar porque é que atualmente muito seniores afirmam querer continuar a trabalhar para lá dos 70 e aproveitar para viajar até mais tarde na vida.

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